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A mostrar mensagens de fevereiro, 2022

Teosofia Prática – Índice Analítico

Alma : Do voltar da alma para o interior , Da alma esfomeada por Deus , Do cavar na alma , Da alma não exercitada , Da alma ígnea , Da vida da alma , Da alma de Fogo , Das desculpas da alma , Do julgamento da alma , Da alma convertida Amor : Do amor de Jesus , Do regresso ao amor próprio Combate Espiritual : Do combate de Miguel com o dragão , Do combate espiritual , Do combate espiritual , Do combate entre as sementes Deus : Da alma esfomeada por Deus , Do chamamento de Deus , Da munificência de Deus , Do templo de Deus , Da vontade de Deus , Da imagem de Deus Espírito do Mundo : Do Espírito do Mundo , Anexo Do Espírito do Mundo Espírito Santo : Do Espírito Santo , Do templo do Espírito Santo Imaginação : Da imaginação , Anexo Da Imaginação Jesus Cristo : Da pobreza de Cristo , Da lei de Cristo , Do ensinamento de Cristo , Da ligação a Cristo , Do amor de Jesus , Da imagem de Cristo , Do herói Jesus Sabedoria : Da Sabedoria

Teosofia Prática – Ao leitor

Quando tu és arrebatado por Cristo e regenerado pela Água e pelo Espírito, tu tornas-te num sacerdote do Altíssimo tendo o privilégio de entrar no Santo dos Santos. Porque o Verbo se revelou ESSENCIALMENTE dentro do teu coração e pela tua boca, e o incenso divino, o espírito da oração foi-te confiado. E tu podes rezar, suplicar, oferecer os sacrifícios de ação de graças e de expiação por todos os seres humanos, judeus, turcos e pagãos, que ainda estão no vestíbulo da carne, e apresentar por eles a tua alma a Cristo como ANÁTEMA; Te envolveres no amor de Jesus, e introduzi-lo dentro da oração para que ele aplaque a fome aguda e ígnea da oração; Tu não deves enterrar o teu tesouro espiritual dentro da tua alma, nem guardar os dons celestes só para ti; mas deixa fluir o teu riacho de orações para todos os teus irmãos, e apresenta a Deus as primícias dos teus frutos de amor; para que assim Deus possa abençoar-te e comunicar-te constantemente novas forças. E, com este exercício, tu

Teosofia Prática – Da semente

A nossa descrição não será compreendida por quem não é esclarecido: será obscura até mesmo para quem não o é inteiramente. Aqui está uma analogia tirada da semente: Quando ela é confiada à sua mãe, ela deve passar pelas sete Formas da Natureza, antes de dar fruto: isto ninguém pode negar. A força vegetativa determina o crescimento, com a ajuda da chuva e do sol; se não houvesse o desejo MAGNÉTICO dentro da semente, ela estaria morta e seria incapaz de crescer. Assim, o desejo MÁGICO ou MAGNÉTICO da vontade anímica é o criador e o gerador daquilo que a alma concebeu na sua IMAGINAÇÃO, isto é, da nobre e gentil Luz de Deus. Se tu geraste em ti esta bela Luz onde habita a Trindade, todo o teu Corpo fica luminoso e tu sentes uma grande alegria. Mas isto não dura no exterior; porque o Dragão Vermelho, esse verme da alma, ou o PRINCÍPIO obscuro, o macera violentamente e quer engoli-lo para satisfazer a sua furiosa fome MAGNÉTICA. Se tu quiseres ter esta Luz novamente, tu tens que

Teosofia Prática – Da via árida

Eu tenho experimentado que a via que passa pela cólera de Deus, no primeiro PRICÍPIO escuro, é árida e requer não só trabalho, mas também uma coragem invencível, que o ser humano não encontrará nas suas próprias forças. Que o caro discípulo esteja advertido de que deve conceber fortemente o Amor no seu desejo e na sua IMAGINAÇÃO. Ele encontrará assim coragem quando a Cólera o assustar, trazendo-lhe a dúvida e a incredulidade; ele poderá amaldiçoá-las e imediatamente ESPECULAR com a sua IMAGINAÇÃO no Amor; ele verá assim como a Cólera enfraquecerá e cairá. Eu tive que suportar, no início, um choque muito duro, porque a Cólera havia colocado na minha alma um pecado mortal contra o Espírito Santo, como se eu tivesse amaldiçoado a Deus. Então caí numa humildade invertida, porque ainda não tinha lido Boehme e não sabia o que era o Amor, a Cólera, Deus e tudo mais. [ Anterior ] [ Índice do Capítulo 6 ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 6. Da oraç

Teosofia Prática – Do rezar bem

Rezar bem não é, segundo a minha experiência e a minha PRÁTICA, dizer palavras; é abismar o espírito ou a vontade da alma em Deus, e é uma geração da Santíssima Trindade e da Sabedoria, através das sete Formas da Natureza. O que acontece pela MAGIA ou desejo da Fé; a Vontade concebe uma MAGIA daquilo que ela pede. Como a vontade é tão sutil quanto um pensamento, e como ela precisa dum corpo onde possa operar, ela apodera-se para isso da palavra de Cristo na sua IMAGINAÇÃO 1 e penetra até Deus; Mas o desejo torna-a dura, austera, sombria e ansiosa, ela só sente dúvida e negação; foi isto que, no começo, antes de entender a génese de Deus, não pouco me PERTURBOU. Porque eu não queria um Não, mas um Sim, e quanto mais acendia o meu desejo, mais angústia encontrava, de modo que tive que parar; mas depois de um tempo, comecei de novo, amaldiçoei o Não e a dúvida, e concebi o desejo de penetrar na Luz de Deus. O Espírito de Deus encontrou-me neste desejo, e a CONJUNÇÃO acendeu o F

Teosofia Prática – Dos trabalhos

Tenho ouvido muitos seres humanos de pensamento correto falarem sobre os seus trabalhos, e eles dizem que poderiam servir a Deus e orar no meio dos seus assuntos temporais. O que eu não quero contradizer, porque nem todos sabem distinguir entre Deus, a Natureza e os diferentes graus dos mundos, nem entendem o que é exatamente rezar em Espírito e em Verdade. Devemos simpatizar com a incompreensão dos ignorantes e olhar para Cristo, que é o nosso intercessor junto ao Pai celeste e que se compadece com as ovelhas cegas sem pastor. Há ainda, entre os verdadeiros crentes, grandes diferenças, conforme se está fixado ou não no amor verdadeiro, ou se está no conhecimento superficial ou profundo; o que é desnecessário detalhar; Deus é e continua a ser o seu próprio doador, desde que Lhe peçamos seriamente. [ Anterior ] [ Índice do Capítulo 6 ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 6. Da oração » Dos trabalhos

Teosofia Prática – Dos muitos conceitos

Mas, como há muitos conceitos, um busca Deus nas estrelas, outro no ar, e muito poucos O buscam em si mesmos; cada um segue o seu caminho e reza de acordo com a sua CONSTELAÇÃO. Um ser humano animal não atinge para além do céu aéreo, a ALMA DO MUNDO, nos elementos. Outros, vão um pouco mais profundamente, penetram no ESPÍRITO DO MUNDO, ou no céu estrelado, até ao Sol; mas eles estão proibidos de ir mais longe. Um ser humano diabólico penetra no mundo escuro, porque a sua MAGIA só procura produzir obras e palavras de trevas, de acordo com os desejos da sua carne e da sua má vontade. Mas o regenerado, retorna a si mesmo com a sua MAGIA, no verdadeiro Céu santo da TINTURA de Luz e apreende no seu desejo o Verbo falante ou SOFIA. 1 Ele produz, em todas as suas orações, pelo FIAT, a Santíssima Trindade e a sabedoria celeste. E só ele reza em Espírito e em Verdade ao verdadeiro Deus Tri-uno, e a sua oração é um sim e um amém nos céus e na terra. Os outros, apegam-se às suas palavra

Teosofia Prática – Da oração

Deus revelou-me na luz da Graça e da Natureza, e eu aprendi pela minha experiência própria que um cristão devoto não pode permanecer neste mundo sem adversidade. Sem ser não só dominado exteriormente pelos incríveis truques e emboscadas do demónio; mas que ele carrega dentro de si o seu inimigo feroz, que ele o alimenta, o faz crescer e assim se expõe a grandes perigos. Porque o Diabo, o Mundo, a Cólera de Deus e a sua própria Carne o arrastam para o profundo abismo das Trevas, querendo extinguir ou engolir a pequena Luz divina acesa no seu coração, e da qual o Diabo é inimigo jurado. Eu não pude fazer nada de melhor do que lançar continuamente a minha vontade própria na mais querida vontade de Deus e de manter-me firme, com súplicas e suspiros, ao regime do Seu Santo Espírito. Eu nada empreendi sem a oração e o consentimento do meu querido Guia, porque eu percorria um caminho completamente desconhecido e porque eu vivia em Cristo, o que é contrário e completamente inconcebível p

Teosofia Prática - 6. Da oração

Imagem
Clicar na imagem para aumentar William Blake - A Oração O arquétipo do "criador" é uma imagem familiar nos livros iluminados de William Blake. Aqui, Blake retrata um criador todo-poderoso curvado em oração contemplando o mundo que Ele forjou. A Canção de Los é o terceiro de uma série de livros iluminados, pintados à mão por Blake e a sua esposa, conhecidos como "Profecias Continentais", considerado pela maioria dos críticos como contendo algumas das imagens mais poderosas de Blake. Capítulo sexto Da oração Da oração Dos muitos conceitos Dos trabalhos Do rezar bem Da via árida Da semente Ao leitor [ Anterior ] [ Índice do Livro ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 6. Da oração

Teosofia Prática – Do dragão de sete cabeças

Que o meu leitor seja cordialmente exortado a procurar conhecer-se a si mesmo a fundo; ele certamente encontrará nele o dragão de sete cabeças e a prostituta; Que ele lhes declare guerra imediatamente, e que não deponha as armas, que não busque descanso na carne, até que tenha lançado o seu inimigo desde o templo celeste interior até à fossa fedorenta; ele terá adquirido glória diante de Deus. Deus realmente lançará a besta e a prostituta do mundo exterior no poço infernal, quando chegar a hora. As armas do Tentador são em parte exteriores e corporais, em parte interiores e espirituais. Exteriormente, a perseguição, a prisão, os ferros, os ultrajes, a ridicularização, o banimento e a morte; porque ele tem direito sobre a vida exterior; mas se nós conseguirmos deixá-lo, ele perde o seu poder. Quando ele perde esta batalha e vê que a alma não tem medo da sua pele de leão, ele assume a forma da serpente, coloca-se sob a árvore da tentação e presenteia-nos com heranças, com casam

Teosofia Prática – Da porta de entrada

Isto pode servir de instrução ao nosso próximo, quando o Noivo estiver diante da porta e quando movimentos maravilhosos ocorrerem no Espírito, então as virgens loucas se amarão umas às outras, odiarão e perseguirão o Noivo e as virgens sábias. A nossa Vontade própria de criatura (quando ela se abisma no amor eterno, nas profundezas interiores, e quando ela se entrega inteiramente a Deus, o que acontece através da uma fome, de pedidos, de suspiros, de desejos ininterruptos) é um anjo de Deus, uma carruagem nupcial do Espírito Santo, o Noivo de SOFIA e uma obra de Deus Pai. Pela qual Ele engendra e revela as suas maravilhas de Amor, por meio dos sete espíritos ou Formas da Natureza segundo os três PRINCÍPIOS; 1 E, enquanto o ser humano ativar nele este fogo sagrado, pelo sopro da oração, e fizer brilhar a chama, assim a querida SOFIA iluminará a alma, e o Diabo não se aproximará dela tão facilmente. E, embora ele possa bater à porta da alma com os seus raios venenosos, rudes e ígneo

Teosofia Prática – Do herói Jesus

Aquele que está armado, guarda a sua casa e o seu reino: Tenhamos conosco, no combate, o herói Jesus; caso contrário, não conseguiremos nada e o Diabo rirá de nós e do Cristo em nós. Não há combate mais violento, nem mais doloroso do que quando o bom Deus desposa uma boa alma e esta deixa crescer no seu coração uma raiz amarga: O resultado é uma separação da Vontade de Amor único em muitas vontades amargas como aconteceu no Céu com os anjos, até que por fim Lúcifer foi precipitado, com as suas legiões da Luz, para as Trevas; Isto também aconteceu com os meus companheiros que, por um envio admirável de Deus, me encontraram na minha morada, quando eu vivia muito escondido e pensava que permaneceria desconhecido; Eles ficaram noivos de SOFIA e esforçaram-se de todas as maneiras por chegar ao matrimónio; alguns trabalharam duramente por dez anos; Até se ligaram espontaneamente entre si por três vezes, e prometeram guardar-se de toda amargura para CONSERVAR um tal amor e afastar, a

Teosofia Prática – Da árvore da fé

A necessidade de lançar-se em Deus e confiar-se a Ele invisível, como se Ele fosse visível, vem somente de Deus e desenvolve-se através dum longo exercício. Porque, quando a fé é semeada no nosso coração, ela é a princípio pequena como um grão de mostarda, e com o tempo torna-se numa grande árvore. Mas, tão pouco quanto a árvore cresça sob o sol, vem a tempestade, os ventos e o granizo, e sem atrair os sucos da terra, também pouco se firma a fé sob as cruzes, as tribulações, as perseguições e as tentações. Cristo edificou o seu reino dentro de nós, para que possamos senti-lo, saboreá-lo, não procurá-lo longe, e não gritar! Ele prometeu-nos que tudo o que pedíssemos, em espírito e em verdade, em Seu nome, nos seria concedido pelo nosso Pai celeste. É impossível que Deus minta; portanto, quando pedimos e não recebemos, é pura culpa nossa, quer porque a nossa TINTURA anímica não esteja completamente colocada em Deus, quer porque ela tenha apego a algo terrestre ou a uma criatura.

Teosofia Prática – Da estrada larga

Não é bom olhar para o curso do mundo e querer seguir, como muitos, o caminho largo que leva à perdição, em vez de escolher, como poucos, o caminho estreito do reino dos céus. Meu caro leitor, tornam-nos o caminho largo praticável e agradável, e ensinam-nos que as almas condenadas, como os anjos cismáticos que não preservam o seu lugar, serão trazidas de volta, e serão feitas anjos de Deus. E isto, sob uma grande aparência de Amor sobrenatural; almas duras arriscam as suas vidas nisto. Sê prudente e repete no teu coração as palavras de Cristo: o criado não é melhor do que o mestre; se elas tomarem Belzebu por mestre, não farão do seu servo um servo melhor. Esse tempo de dor não é digno da magnificência que deve ser dada aos filhos de Deus. [ Anterior ] [ Índice do Capítulo 5 ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 5. Do combate de Miguel com o dragão » Da estrada larga

Teosofia Prática – Da imagem de Cristo

O semelhante ama o semelhante, dizem; e como isto é natural, não devemos nos surpreender que Cristo ame aqueles que são como ele. Como ele já não encontra em nós o seu rosto, já que todos nos tornamos filhos da Cólera, e como nos falta a Justiça, que só ela tem valor diante de Deus, Ele envia-nos o seu Espírito Santo para despertar a noiva. E Ele envia para fora o seu anjo para buscar as almas virgens; Ele tira a Sua luz aos Seus filhos e convida para a festa os cegos, os aleijados e os enfermos. Ele abraça e beija todos os seus convidados igualmente; mas ninguém se confia aos Seus braços, ninguém O conduz à câmara nupcial oculta, que não tenha passado pelo exame nos desertos da carne e triunfado sobre o Tentador. Isto foi o que os meus companheiros não quiseram acreditar; ele abrasaram-se de furor e quiseram violar a querida SOFIA; mas eles deram um passo em falso terrível e perderam a sua coroa angélica. Por isso, leitor, tu podes considerar inútil qualquer outro preceito

Teosofia Prática – Da Sofia

O leitor cristão deve saber, porém, que eu não me refiro ao Amor como sendo uma fantasia de ipseidade, mas a Jesus, a eterna SOFIA, 1 que, após a queda, se tornou na auxiliar das nossas almas, e que se encerrou ESSENCIALMENTE na ESSÊNCIA das almas enfraquecidas. Devo advertir fielmente isto ao meu leitor, para que ele entenda que não desejo de modo algum defender o estado do matrimónio, nem diminuí-lo; mas simplesmente dizer o que eu aprendi e o que o Senhor me mostrou. Conhecemos as lições que o próprio Cristo deu, e aquelas que os escritos dos Apóstolos nos transmitiram: Renunciar a tudo; odiar e abandonar a nossa própria vida, porque se queremos ser discípulos perfeitos, o ESPÍRITO DO MUNDO, que é a justiça de Deus, leva em conta tudo o que é corruptível incluindo a nossa vida terrestre, e tira-nos tudo, até a camisa, — assim como aconteceu comigo e com outros. Como nosso mestre, nós não temos nada de nosso, caso contrário não triunfaríamos na nossa luta contra a Cólera de D

Teosofia Prática – Da transmutação

Quando uma pessoa doente quer curar-se, não toma veneno, mas remédios apropriados; Da mesma forma, se queremos ser aliviados da cólera de Deus, que nos aprisionou em Adão e nos enfraqueceu, nós devemos introduzir, por um desejo poderoso, o Amor de Deus no fogo colérico da nossa alma: E continuar até que o Amor tenha superado a Cólera e a tenha TRANSMUTADO e transformado em Amor. Mas isto custa um trabalho inexprimível e um combate árduo de muitos anos antes que um demónio se torne num anjo, e que o dragão de fogo desista dos seus direitos; isto pode ser visto em Jacó, em Cristo no Jardim das Oliveiras e na Cruz. Porque para devorar a Cólera, o Amor tem que se entregar completamente; a Vontade própria natural estremece, porque ela não quer morrer, e opõe-se com uma força tal que Deus tem que usar o pio e o ímpio, e tem que tirar todas as criaturas e todos os consolos de dentro da alma. Até que, finalmente, o egoísmo se renda, morrendo e submetendo-se inteiramente em total obediê

Teosofia Prática – Das provações

No entanto, esta Luz não permanece constante no Temperamento; a Virgem celeste retira-se para o seu ÉTER e põe à PROVA o seu noivo, para ver se lhe será fiel tanto na tristeza como na alegria, e se ele a seguirá com perseverança em todas as dificuldades. Os meus amigos estiveram na provação; e, logo depois de se terem ligado por três vezes, e terem jurando uns aos outros permanecer firmes no Amor e condenar o menor pensamento que não fosse de Amor, Aquele que propôs a aliança, o meu filho primogénito, desejando guiar os outros, desprezando os meus cordiais protestos, atirou-se irrefletidamente no furor e dispersou novamente aquilo que tinha reunido solidamente; Apenas um, entre trinta, permaneceu firme, dando o seu bem e o seu sangue, e recebeu o selo do Espírito Santo. Os outros ficaram, na sua maioria, completamente perdidos, tendo transformado a verdade em mentira, e nos dilacerando lamentavelmente: haveria muito a dizer sobre isto se pudesse ser útil ao leitor. [ Ant

Teosofia Prática – Das núpcias

Ah! como a celeste Sofia 1 pressiona o seu ardente noivo contra o seu coração, quando se encontram na conjunção do amor! Isto é bem conhecido por aqueles que foram convidados para estas núpcias. É o batismo de fogo, onde a alma é imersa no mar ígneo do Amor e depois inflamada novamente pelo fogo do Amor, para que a luz nobre e suave brilhe no temperamento. Depois, o noivo passeia com a sua querida virgem no jardim das rosas, e compõe buquês para ela com as flores das virtudes, como todos os nossos queridos companheiros aprenderam nos últimos dez anos. Eles alegraram-se na luz de Sofia, eles cantaram o seu amor, e todos os ouvintes ficaram INFLAMADOS e glorificaram Deus. Notas Ver o Anexo Da Sofia . [  ↑  ] [ Anterior ] [ Índice do Capítulo 5 ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 5. Do combate de Miguel com o dragão » Das núpcias

Teosofia Prática – Do combate espiritual

Deus fá-lo perceber, iluminando-o, que a sua vontade própria é esse dragão de fogo de que fala o Apocalipse 12, contra o qual o ser humano deve lutar com a força de Jesus. Que a sua alma e os seus sentidos não podem descansar em Cristo, até que o dragão vermelho seja vencido, amarrado e colocado aos pés de Jesus, dentro do ser humano interior, e submetido à vontade de Deus, dentro do PRINCÍPIO interior da luz. É esse combate que Deus indicou aos nossos primeiros pais: “Porei inimizade entre ti, serpente, e a mulher, e entre a tua semente e a semente dela”. Génesis 3. É este combate que representa o espírito de Jesus no Apocalipse 12, que dura desde Adão até aos nossos dias, e que continuará até ao fim, para os fiéis. Porque este combate é espiritual, e tanto interior entre a carne e o espírito nos sentidos, como exterior entre a semente da mulher e a da serpente; quero comunicar ao leitor o que o bom Deus me transmitiu, até onde a minha própria experiência possa alcançar. O m

Teosofia Prática – Da regeneração

Logo que o ser humano volta a alma dentro do seu corpo, que ele se separa da luz da razão e introverte os sentidos, o Verbo eterno envia-lhe força, e o Espírito Santo resplandece no seu entendimento, Abre o entendimento da Sabedoria oculta, para que ele reconheça imediatamente o afastamento da cristandade da vida de JESUS, o erro dos sentidos no serviço exterior de Deus, e a torre de Babel das múltiplas RELIGIÕES do Mundo sobre Deus e o culto verdadeiro, Que consiste, numa alma introvertida e regenerada, em orar a Deus dentro dela, em espírito e em verdade, em O saborear, O ouvir, O ver e O cheirar. Ele é batizado e penetrado pelo fogo do Amor divino, ele recebe a unção do Espírito Santo, ele é renovado nos seus sentidos e no seu temperamento, ele pode ver com três olhos, compreender toda a Sabedoria de Deus e tornar-se de um animal diabólico num animal angelical e uma verdadeira imagem de Jesus, conforme está retratado nas Figuras do Quarto Capítulo. Ele também mudará de opiniõe

Teosofia Prática – Da vontade própria

A vontade própria irrompe pela primeira vez na juventude e introduz a sua vida animal nas maravilhas dos astros e dos elementos; ela vive de acordo com os impulsos deles, no bem e no mal do fundo pagão; é um puro demónio, Satanás e dragão da inimizade que resiste a Deus nos seus atos e em toda a sua conduta. Ela não tem outro olho senão o entendimento e não consegue ver além da génese deste mundo exterior: ela não tem outra luz senão o Sol e as estrelas, como mostra a Figura do segundo capítulo. E se o ser humano não se voltar e dirigir a sua vontade para a vida divina, a luz do Sol abandona-o à morte. É por isso que se nota, em tantos moribundos, tanta angústia e medo do abismo tenebroso. [ Anterior ] [ Índice do Capítulo 5 ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 5. Do combate de Miguel com o dragão » Da vontade própria

Teosofia Prática – Da imagem de Deus

A primeira Figura do primeiro capítulo mostra ao leitor como o homem é uma verdadeira imagem de Deus, segundo os Três Princípios, 1 e que Deus está muito mais próximo dele, nas profundezas interiores, do que fora dele, no céu; E que Ele só estará com o filho pródigo que parar a sua vontade, ação e vida próprias, se humilhar no seu centro mais profundo, colocar os seus sentidos e a sua IMAGINAÇÃO 2 no amor de Jesus, pedir graça e misericórdia e não cessar até que tenha sido sensivelmente respondido. Se ele vigiar da tarde até à manhã, se resistir ao coração terreno, verá como o Pai celestial se apressará em seu auxílio; para alegrar os seus sentidos, sustentar a sua coragem, beijar amorosamente o seu centro ígneo, e reacender o que ainda é apenas correto e frio. Fora disto, tudo é escárnio, da qual Deus diz, pelo profeta: "Este povo só me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim". Por natureza, nós somos todos filhos da cólera, apesar de termos sido b

Teosofia Prática – Da queda de Adão

A queda de Adão ocorreu da mesma forma, deixando-se enganar pelos discursos astutos do diabo, que levaram a sua vontade de criatura a uma complacência egoísta: Na hora, o seu PRINCÍPIO de Luz, a Sabedoria Divina, foi extinto na falsa vontade, e o terceiro PRINCÍPIO despertado na imaginação própria, como suplício da constelação e dos quatro elementos; o corpo tornou-se grosseiro e animal, e os sentidos, falsos e terrestres. O ser humano tornou-se sombrio, miserável, duro, grosseiro, austero; tornou-se numa inquietação perpétua, percorrendo os poderes terrestres, buscando na corrupção um descanso que nunca encontra. O grande amor de Deus veio em socorro desta vida prisioneira que, depois de uma tal queda, sentiu-se novamente inspirada na ESSÊNCIA interior, sentiu estar afastada da propriedade divina, e desejou ser restituída à vida como por um novo influxo da unidade, amor e descanso divinos. É assim que a vida pode extinguir a sua dor e a sua preocupação no CENTRO da propriedade

Teosofia Prática – Do dragão de fogo

Por meio desse fundo descoberto, podemos responder claramente à razão que a queda de Lúcifer e de Adão não se encontrava, de forma alguma, na boa vontade de Deus; mas que ela nasceu da vontade da criatura, porque Lúcifer tinha retirado o seu livre-arbítrio da harmonia e do amor divinos, para os conduzir para a propriedade: Então as trevas tornaram-se preponderantes nele e possuíram-no. E essa falsa vontade egoísta é Satanás e o Diabo, a antiga serpente, o mentiroso e o assassino que afastou o mundo do bem, e que mantém os nossos irmãos longe de Deus, dia e noite. Apocalipse 12. É, também, o dragão de fogo contra o qual Miguel combateu, e que expulsou com as suas LEGIÕES do Nome Sagrado. [ Anterior ] [ Índice do Capítulo 5 ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 5. Do combate de Miguel com o dragão » Do dragão de fogo

Teosofia Prática – Das duas vontades

Devemos entender, numa tal emanação dos poderes divinos até à Natureza e à criatura, dois tipos de vontades num ser: Primeiro a vontade divina que só se introduz na sensibilidade e na operação para manifestar as forças, as cores e as virtudes. Depois, a vontade inicial da Natureza que se introduz num estado de egoísmo e de propriedade; daí nasce a dessemelhança das vontades, dentro de cada uma das quais se mostra um CONTRÁRIO. A vontade interior deseja, como sendo um bem, o seu oposto, onde se desenvolve a vontade divina. Mas a mesma vontade natural criada também deseja o seu análogo pela sua própria capacidade; ela torna-se assim MATERIAL e tenebrosa. Assim, todos os seres deste mundo contêm, cada um, dois; um eterno, divino e espiritual; o outro inicial, natural, temporal e corruptível; duas vontades residem no centro de toda vida, uma inicial, natural, a outra eterna e espiritual. E esses dois seres estão compreendidos em dois PRINCÍPIOS, como o leitor poderá ver nas fig

Teosofia Prática – Da revelação divina

A revelação divina deve ser entendida da mesma maneira: todas as coisas têm o seu primeiro início no influxo da vontade divina; E como a vontade divina nada vê em nenhuma coisa, nem da Natureza nem da criatura, ela não contém nem dor, nem sofrimento, nem contrariedade; o entendimento e o conhecimento fluem da pronunciação do Verbo. E esta saída é o início da Vontade, quando o entendimento se diferenciou em formas; assim essas formas tornaram-se desejosas em si mesmas, para terem uma oposição à sua semelhança; E esse mesmo desejo tornou-se numa capacidade do egoísmo tendente para a vontade própria. E esta vontade própria é o fundo do seu egoísmo que é um fundo de trevas e de sensibilidade dolorosa; Tal é o fundo da natureza, de onde vem a multiplicidade das propriedades, onde uma vontade nasce de outra, em perpétua oposição, para escapar da dor. [ Anterior ] [ Índice do Capítulo 5 ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 5. Do combate de Miguel

Teosofia Prática – Do temperamento

Se o temperamento não saísse de si por si mesmo, ele não teria sentidos; se ele não tivesse sentidos, não se conheceria a si mesmo ou aos outros objetos e não poderia ter nenhuma operação. O efluxo sensorial do temperamento faz ele querer ou desejar, para introduzir os sentidos num ego; lá, o temperamento opera com os sentidos e manifesta-se e contempla-se a si próprio nessa operação. Se todos os sentidos estivessem fundidos num só, eles teriam apenas uma vontade e fariam sempre a mesma coisa; como é que as maravilhas e os poderes da sabedoria divina poderiam ser reconhecidos e FIGURADOS pelo temperamento? Mas, porque existe um CONTRÁRIO, como aquele que está entre a Luz e as Trevas, uma qualidade é sempre a causa de outra entrar no desejo, para combater a primeira e tentar dominá-la. Nesse desejo intenso, os sentidos e o temperamento são introduzidos numa vontade por um fundo natural e criatural, como se fosse uma maestria, como se esse temperamento quisesse governar todos os

Teosofia Prática – Da vontade de Deus

Assim, nós podemos FILOSOFAR sobre a vontade de Deus, e dizer: Se o Deus oculto, que é apenas um ser e uma vontade, não tivesse saído com essa vontade da sabedoria eterna e sempre igual para uma separação dessa vontade, e se uma tal separação tendente para uma vida natural e criatural não se tivesse introduzido numa materialização, e se essa separação não fosse na vida um combate contínuo, como é que a Vontade oculta de Deus, que é una em si mesma, se teria manifestado? O que é na Vontade una, uma separação, é, no separado, uma Vontade própria, e assim na Vontade única surgem vontades abissais e inumeráveis, como os rebentos das árvores. Assim, nós vemos e entendemos que, em tal separação, cada Vontade distinta é introduzida na sua própria forma, e que o combate das vontades pela forma consiste no fato de que, na repartição, nenhuma forma é igual a outra, apesar de todas elas saírem do mesmo fundo. Assim como o Mal ou a má vontade é a causa da boa vontade e do desejo que esta últim

Teosofia Prática – Da oposição

Deixo a minha luz brilhar para o leitor e comunico-lhe a minha experiência; mas recomendo-lhe que cultive a oração e peça seriamente a Deus o seu Espírito Santo; sem esta iluminação, eu ficaria selado e incompreensível para ele. Porque a Sagrada Escritura emprega algumas expressões obscuras, que precisam de um bom esclarecimento, pois a razão não esclarecida concebe-as contra a corrente e a seu favor, Ao FILOSOFAR sobre o bom Deus, dizendo que ele é o causador da maldade, o promotor da queda de Lúcifer e de Adão, predestinando, um à bem-aventurança, e o outro à condenação. Ela faz assim do bom Deus um simples diabo, como dizem os seus escritos e essas conclusões cegas; enquanto DEUS é amor, e em toda a eternidade só pode querer o amor. No entanto, nada pode existir sem o seu contrário; se não houvesse oposição na vida, não haveria nela nem sensibilidade, nem vontade, nem entendimento, nem serviço. Pois uma coisa única é apenas uma coisa; e embora ela seja boa em si mesma, el

Teosofia Prática – Do combate espiritual

Este combate espiritual entre o Amor e a Cólera, a Luz e as Trevas, o Sim e o Não, elevou-se no céu dentro da Vontade própria criatural de Lúcifer, antes da criação do mundo visível. Lúcifer desvinculou-se da sua origem, o Amor eterno, numa vontade própria, introduziu-se numa operação e dentro de formas, e combateu contra Deus e o seu Filho, assim como contra os seus irmãos, os Anjos bons, que o venceram. E Lúcifer foi lançado do céu para a terra com os seus Anjos, como revela São João em Apocalipse 12. Este príncipe furioso da Cólera recusou a salvação que lhe foi oferecida em Adão, que tinha sido criado em seu lugar como HIERARCA Humano; e ele fez Adão cair e desobedecer. Daí vem a oposição, a guerra, o assassinato, a inimizade, a dor, as queixas, a necessidade e a morte, tanto no homem quanto fora dele; e não conseguiríamos deplorar suficientemente este infortúnio, ainda que fosse com lágrimas de sangue. Mas este combate espiritual é tão oculto e tão bizarro que ninguém o

Teosofia Prática - 5. Do combate de Miguel com o dragão

Imagem
Clicar na imagem para aumentar William Blake - O Anjo Miguel Acorrentando Satanás «O anjo lançou-o no poço sem fundo, e calou-o» Apocalipse 20,3 Aquarela, tinta e grafite sobre papel, c.1805 Capítulo quinto Do combate de Miguel com o dragão Do combate espiritual Da oposição Da vontade de Deus Do temperamento Da revelação divina Das duas vontades Do dragão de fogo Da queda de Adão Da imagem de Deus Da vontade própria Da regeneração Do combate espiritual Das núpcias Das provações Da transmutação Da Sofia Da imagem de Cristo Da estrada larga Da árvore da fé Do herói Jesus Da porta de entrada Do dragão de sete cabeças [ Anterior ] [ Índice do Livro ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 5. Do combate de Miguel com o dragão