Teosofia Prática – Da árvore da fé
- A necessidade de lançar-se em Deus e confiar-se a Ele invisível, como se Ele fosse visível, vem somente de Deus e desenvolve-se através dum longo exercício.
- Porque, quando a fé é semeada no nosso coração, ela é a princípio pequena como um grão de mostarda, e com o tempo torna-se numa grande árvore.
- Mas, tão pouco quanto a árvore cresça sob o sol, vem a tempestade, os ventos e o granizo, e sem atrair os sucos da terra, também pouco se firma a fé sob as cruzes, as tribulações, as perseguições e as tentações.
- Cristo edificou o seu reino dentro de nós, para que possamos senti-lo, saboreá-lo, não procurá-lo longe, e não gritar!
- Ele prometeu-nos que tudo o que pedíssemos, em espírito e em verdade, em Seu nome, nos seria concedido pelo nosso Pai celeste.
- É impossível que Deus minta;
portanto, quando pedimos e não recebemos, é pura culpa nossa, quer porque a nossa TINTURA anímica não esteja completamente colocada em Deus, quer porque ela tenha apego a algo terrestre ou a uma criatura. - Uma cadela não abandona os seus filhotes;
como Deus abandonaria aqueles que o invocam dia e noite e confiam nele de todo o coração? - Parece-nos, porém, na tentação, que o Céu se tornou de ferro e que Deus já não sabe ouvir;
a alma não deve ter medo, nem tremer, nem duvidar, nem abandonar a oração; - Mas perseverar com ardor de fogo e lutar como Jacó até que Deus e o homem sejam subjugados, e que a fé e o amor triunfem, como vemos um belo exemplo em Jó, o paciente.
- E um verdadeiro combatente deve ir tão longe quanto isso;
caso contrário, o Querubim manterá a sua alma e os seus sentidos na dúvida e na inquietação, nunca deixando que eles cheguem a uma certeza ou escapem da prisão escura da Cólera.
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