Teosofia Prática – Da revelação divina

  1. A revelação divina deve ser entendida da mesma maneira: todas as coisas têm o seu primeiro início no influxo da vontade divina;
  2. E como a vontade divina nada vê em nenhuma coisa, nem da Natureza nem da criatura, ela não contém nem dor, nem sofrimento, nem contrariedade;
    o entendimento e o conhecimento fluem da pronunciação do Verbo.
  3. E esta saída é o início da Vontade, quando o entendimento se diferenciou em formas;
    assim essas formas tornaram-se desejosas em si mesmas, para terem uma oposição à sua semelhança;
  4. E esse mesmo desejo tornou-se numa capacidade do egoísmo tendente para a vontade própria.
  5. E esta vontade própria é o fundo do seu egoísmo que é um fundo de trevas e de sensibilidade dolorosa;
  6. Tal é o fundo da natureza, de onde vem a multiplicidade das propriedades, onde uma vontade nasce de outra, em perpétua oposição, para escapar da dor.
[ Anterior ] [ Índice do Capítulo 5 ] [ Seguinte ]

Início » Textos » Teosofia Prática » 5. Do combate de Miguel com o dragão » Da revelação divina