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A mostrar mensagens de janeiro, 2022

Teosofia Prática - Anexo Dos Três Princípios

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Clicar na imagem para aumentar Dos Verdadeiros Principios de Todas as Coisas Legenda da Figura: Escrito no cimo da figura: «Os Verdadeiros Princípios de Todas as Coisas.» O círculo escuro da direita representa o Primeiro Princípio, Deus Pai. No interior tem representado um triângulo, com o vértice voltado para cima, e com os símbolos de Saturno, Mercúrio e Marte, em cada um dos três vértices. Estes três símbolos representam a Primeira, Segunda e Terceira Propriedades. Entre a esfera escura da direita e a esfera clara da esquerda está um quadrado central com a letra F (de Fiat ) sobre o Sol. Este símbolo representa a Quarta Propriedade. O círculo claro da esquerda representa o Segundo Princípio, Deus Filho. No interior tem representado um triângulo, com o vértice voltado para baixo, e com os símbolos de Vénus, Júpiter e Lua, em cada um dos três vértices. Estes três símbolos representam a Quinta, Sexta e Sétima Propriedades. O círculo escuro em baixo representa o Ter

Teosofia Prática – Da armadura divina

Eu falo aqui por experiência própria e aviso o leitor que o amor carnal se opõe muito ao amor de Jesus; e torna a pessoa completamente incapaz de jejuar e orar. 1 Coríntios 7. O leitor não deve pensar que estou aqui a falar duma Santidade exterior e duma justiça pessoal, que não valem nada diante de Deus; de forma nenhuma. Porque todos nós fomos concebidos e nascidos no pecado e carregamos conosco um corpo perecível, cheio de delitos. Mas eu viso o ser humano interior, como verdadeiro templo de Deus, onde nenhum fogo estranho deve arder, onde todos os pensamentos devem ser amaldiçoados, a não ser o amor de Jesus e o Fogo divino. O ser humano interior está com a sua Sofia celeste em união sagrada e oculta; ele não deve acolher pensamentos impuros, mas combatê-los imediatamente. Como poderia um incontinente apresentar-se dentro do Santo dos Santos do ser humano interior? Porque Deus também é um Deus CIUMENTO, que quer ser amado acima de tudo. Aquele que quiser entrar no Infern

Teosofia Prática – Da Turba

Ora, a TURBA 1 reside na coabitação terrestre, da qual resulta em germe o combate dos três Princípios, que sempre obscurece a bela luz na alma. Vendo isto, a Sofia celeste é compelida a fechar-se no seu PRINCÍPIO e deixar o seu noivo à porta, envergonhado e pesaroso. Foi assim que seres humanos provados me confessaram que não conseguiram rezar durante longos dias e não ousaram erguer os olhos para Deus. Que o leitor reflita porquê os filhos de Israel, quando tiveram que comparecer perante JEOVÁ no Monte Sinai ( Êxodo 19,14), não se aproximaram das suas esposas; e porquê Abimeleque, quando Davi veio a Nobe, lhe perguntou expressamente se os seus homens se haviam abstido das mulheres. 1 Samuel 21,5-6. Porque quem quer aproximar-se de Deus e quer ter a liberdade de conversar com Ele, deve guardar-se de toda mancha, manter a sua consciência pura para que a TURBA ou a Cólera divina não se apodere da sua alma e não lhe oculte o rosto, nem a luz, de Deus. Notas A Turba é a cóler

Teosofia Prática – Do guia

Porque a alma é revestida pela presença de Cristo, ungida com o Espírito Santo, batizada com o fogo do amor divino, como Melquisedeque, sacerdote do Altíssimo. Jesus é ali, ESSENCIALMENTE, o canal da graça, pelo Seu sangue espiritual e pelo Seu espírito anímico, o verdadeiro intercessor diante de Deus, nosso Pai celeste. A alma deve oferecer-se até ao sangue e à morte, como ANÁTEMA para os seus irmãos pecadores, quer ainda estejam vivos, quer tenham saído do corpo, quer estejam apenas ligados a ele por um fio. É então muito necessária uma oração cheia de fé, assim como o meu fiel Salvador me ensinou; embora, no começo, isso me parecesse estranho e repulsivo, porque eu tinha sido assim ensinado nas escolas. Mas o meu Guia abriu-me o entendimento sobre as palavras de Cristo, em Lucas , 16, 9: “Fazei amizade com o injusto Mamom; para que, quando ele faltar, eles vos recebam nos tabernáculos eternos”. Isto não pode ser PRATICADO sem uma oração incessante, pela qual o espírito de von

Teosofia Prática – Do templo de Deus

Um tal ser humano é o verdadeiro templo do Deus TriÚno, no qual o Pai é o Amor flamejante, o Filho é a clara e bela Luz do Coração, de onde sai o Espírito Santo na Sabedoria eterna, A qual é a auxiliadora da alma, onde ela desce espiritualmente, e produz, noutras almas, orações, verbos e ensinamentos espirituais. [ Anterior ] [ Índice do Capítulo 4 ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 4. Do ser humano interior » Do templo de Deus

Teosofia Prática – Da fé

E se algo parecer contrário à tua razão, reza para pedires uma abertura da inteligência e da vontade divina, para que Deus te conduza à Luz, a fim de tu poderes ver nas trevas e seguires o Espírito em ti. Pois, muitas vezes, tu terás que andar com a fé, lá onde tu não vês nada; e tu não podes fazer nada melhor do que entregar a tua vontade a Deus e deixá-lo fazer o que Ele quiser. [ Anterior ] [ Índice do Capítulo 4 ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 4. Do ser humano interior » Da fé

Teosofia Prática – Do abandono

Quando Deus empurra um ser humano para fora do mundo e o faz deixar o seu campo e o seu arado para seguir Cristo, o ser humano deve ficar totalmente cego, surdo e mudo, para o exterior. Ele não se deve orientar com o olho do entendimento, segundo o curso ordinário do mundo que permanece num regime próprio e bastante diferente da vida de Jesus; ele seria muito rapidamente enfraquecido e desencaminhado. Mas que ele volte para o seu coração, o seu olho interior, para o seu predecessor e seu guia Jesus, que ele atente no que Ele quer, age e opera dentro da sua alma. E que tenha cuidado para não precedê-lo com excesso de zelo, porque muitas almas foram assim enganadas por Satanás; ele só tem de seguir. E, ainda que a sua razão julgue compreender melhor, que ele não a ouça, porque o Espírito de Deus interpreta a Escritura como Lhe agrada, e não como concebe a razão que assenta apenas na carne. [ Anterior ] [ Índice do Capítulo 4 ] [ Seguinte ] Início » Textos » T

Teosofia Prática – Do cristão

Pois um cristão odeia aquilo que o ser humano natural ama. Ele despreza aquilo que os seres humanos possuem segundo o mundo. Porque o seu tesouro está na vontade do céu, com Deus e com todos os santos Anjos. Ele busca apenas o Reino de Deus, não se importa com o seu alimento, não procura tesouros; pouco se importa com o que come e bebe, e com as suas roupas, apesar de estar encarregado dum corpo terrestre, como os seres humanos. É por isso que ele é considerado louco, como assassino de si próprio, como desprezador dos dons que Deus fez para o uso diário, e pestífero corruptor, e nocivo numa REPÚBLICA bem organizada, Não sendo útil para nenhuma pessoa, é prejudicial para as outras pessoas honestas; devorando o suor e o sangue dos ricos, e desperdiçando, por indolência e preguiça culposa, o necessário dos outros, Com quem não se deve conviver, segundo o preceito de Paulo, 2 Tessalonicenses , 3, 14. Porque ele pode corromper os outros com as suas doutrinas venenosas e aumentar t

Teosofia Prática – Da prática

Se eu não tivesse PRATICADO isto com grande dificuldade durante trinta anos, eu nunca teria alcançado a certeza que possuo, pela graça de Deus, e o Diabo, zombando de Cristo e de todos os seus queridos filhos, teria me aprisionado novamente nessa prisão escura, da qual Jesus me retirou pelo seu sangue e a sua morte, e teria obscurecido a minha bela pérola. É melhor perder a vida terrestre do que Cristo; Ele pode dar-nos a vida eterna em troca. A vida de Jesus Cristo é exatamente o oposto da vida natural deste mundo; é por isso que Ele é um estranho para todos os seres humanos naturais. Ele mesmo indica isto quando, em Mateus 26, os ricos lhe perguntam: "Senhor, quando te deixamos com fome, ou com sede, enfermo, nu ou preso?" [ Anterior ] [ Índice do Capítulo 4 ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 4. Do ser humano interior » Da prática

Teosofia Prática – Do trabalhador sério

Assim, o trabalhador sério não deve preguiçar, nem dormir; mas estar atento, discernir as tentações que lhe são apresentadas pelo Diabo no ESPÍRITO DO MUNDO, apesar delas parecerem ser divinas, e não contradizer a letra da Escritura, e as rejeitar imediatamente sem ESPECULAÇÃO. E se mesmo um discurso audível lhe chegou do ESPÍRITO, que ele não o escute, mas que ele peça, com paciência, nunca abandonar o seu apoio único, inabalável e permanente, o seu Jesus e a sua muito querida Noiva. Mas que ele odeie até mesmo a sua vida e que ele abandone totalmente de tudo o que possa induzi-lo a abdicar desse amor casto para uma afeição criatural. [ Anterior ] [ Índice do Capítulo 4 ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 4. Do ser humano interior » Do trabalhador sério

Teosofia Prática – Da exaltação

Um ferro fica vermelho enquanto está no fogo; do mesmo modo a alma, enquanto permanece no amor de Jesus, recebe constantemente forças e permanece capaz de vencer o Tentador e carregar a sua cruz. Mas quando ela sai para o entendimento e IMAGINA segundo as sugestões do Tentador, ela é imediatamente enfraquecida, tomada pelo desejo terrestre, que desperta a avidez e impele a vontade até ao agir, de tal maneira que o amor mais profundo pode transformar-se numa grande amargura e fúria, e os irmãos mais velhos podem tornar-se inimigos e perseguidores, Que lançam nas profundezas do inferno aquilo que eles tinham louvado, agora proclamam com grandes gritos que se trata de fantasia e falsidade: "Infelizmente, passei por isso com muita dor". Para isso, o estudante iniciante, quando recebe na alma um beijo da sua querida Sofia, deve guardar-se cuidadosamente contra a exaltação, e não pensar que vai tornar-se num colaborador antes de ter feito as suas aulas, e que o Príncipe da Fúr

Teosofia Prática – Do deserto

A alma é batizada por este fogo MÁGICO, e dentro do coração, pelo Espírito Santo, conforme indicado no § 36; ela é finalmente levada aos desertos carnais, para aí ser tentada pelo Diabo no ESPÍRITO DO MUNDO. É então que começa o trabalho sério, a Noiva retira-se para o seu PRINCÍPIO; o Diabo vem na forma de anjo e diz à alma: Porque estás tão triste? faz pão com estas pedras; a tua fé é muito grande; tu não te conheces a ti mesma. Se a alma é humilde, se ela dirige o seu apetite para o VERBO do Senhor, o adversário enfraquece, e apresentando uma outra larva, envia à alma grandes forças, para que ela acredite ser algo de raro e chamada por Deus para realizar grandes maravilhas no mundo. Se a alma ainda humildemente se abandonar a Deus, para que Ele faça com ela aquilo que Lhe agradar, o diabo tem ainda de se ir embora. Mas ele regressa na forma de uma serpente rapada, e propõe à alma no terceiro PRINCÍPIO, riquezas, honras, fama ou um rico casamento, Que parecem enviados pelo próp

Teosofia Prática - Anexo Da Sofia

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Clicar na imagem para aumentar O Caminho para o Domingo do Repouso (1678) Legenda da Figura: Escrito no cimo da figura: «O Caminho para o Domingo do Repouso» A figura é composta por três esferas. A esfera inferior representa o Primeiro Princípio, Deus Pai. A esfera superior representa o Segundo Princípio, Deus Filho. A esfera média representa o Terceiro Princípio, Deus Espírito Santo. As três esferas sobrepõem-se umas às outras, constituindo cinco zonas. A zona inferior é constituída unicamente pela esfera inferior. Representa as Trevas, e no interior está escrito SATANÁS. A zona média inferior é constituída pela sobreposição da esfera inferior com a esfera média. No centro, tem uma cruz escura. Sobreposta à cruz, está uma espiral. No centro da cruz, tem a raiz duma planta de milho. A cruz está rodeada por estrelas, representando a Noite. A zona média é constituída pela sobreposição das três esferas. No centro, tem uma cruz meio clara e meio escura. Rodeando a cruz,

Teosofia Prática – Da Sofia

A alma até se despiria, se isso estivesse no seu poder, para se revestir da celeste Sofia. 1 Ah! que juramentos a alma faz! Que fidelidade promete! Ela gostaria, pelo amor do seu noivo, de circuncidar-se espiritualmente, renunciar a tudo o que é terrestre, tomar todas as cruzes, segui-lo na necessidade e na morte, para pertencer a Ele de corpo, de alma e de espírito, e permanecer fiel a Ele até ao fim. A querida Sofia ouve tudo isto com alegria, beija a alma interiormente, reveste-a com a sua presença e esconde todos os seus pecados. Quando a alma deu um passeio durante algum tempo com a sua Amada no jardim das rosas, quando se abasteceu de flores, a Noiva tira a alma toda de dentro do corpo. Ela aparece então como uma bola de fogo (ver a terceira FIGURA onde está representado o olho das maravilhas de Boehme), ela está mergulha no mar de fogo (isto aconteceu comigo cinco vezes em cinco dias consecutivos, durante as minhas orações da noite; vi que ela era, na massa, de um azul c

Teosofia Prática – Da regeneração

É por isso que eu vou mostrar-te o fundo do que acontece na regeneração, como eu a experimentei: quando a alma se vira interiormente como o filho pródigo, e começa a querer voltar para a casa do seu Pai, ela não tem forças para partir. Mas, imediatamente, Cristo vem com o seu Espírito e ilumina as formas de vida da alma, de modo que o PRINCÍPIO luminoso, até então imóvel e oculto, começa a exercer-se novamente e torna-se sensível. Com isto, ela recebe a força para iniciar a viagem e para se aproximar de Deus através da oração; mas ela ainda está dentro do corpo tenebroso e não consegue reconhecer o seu amor próprio e a sua vontade própria, nem humilhar-se profundamente ou entregar-se à querida vontade de Deus. Então, Cristo acende, com a sua Luz, o olho MÁGICO ígneo (que o Diabo destruiu em Adão e colocou na Cólera), de modo que, ardendo no amor, e iluminando o coração, perfura a alma com os seus raios e a incendeia toda. Só então, ela percebe a sua feiúra e o quanto ela está ap

Teosofia Prática – Do amor de Jesus

Quando o amor de Jesus não arde no coração, não há desejo de imitá-lo, nem força na intenção de pedir a Deus o seu Espírito Santo, para nos tirar deste mundo, e de nós próprios, e para nos introduzir em Jesus Cristo. A nossa natureza assusta-se como aconteceu com Cristo, quando Ele combateu na nossa humanidade contra a Cólera de Deus no Jardim das Oliveiras. Disso resulta também que muito poucos conseguem, pois preferem a vida terrestre à de Cristo. Assim como o amor do terrestre dá ao ser humano a força para suportar as fadigas, os perigos, as tristezas e os cuidados para obter do Mamom a honra, a glória e o bem-estar temporais, Assim, o Amor de Jesus dá ao cristão a força para suportar o sofrimento, a Cruz, a pobreza, a perseguição e a dor para imitá-lo. Pois o amor torna suave e leve o jugo de Jesus, dissipa todo o medo, e depois do sofrimento só desperta mais o desejo por ele. Porque o ser humano sente sempre o consolo, a alegria e a força no seu coração, ele aprende que Deu

Teosofia Prática – Dos pobres

Devo reconhecer que no meu tempo, tenho visto muito poucos que colocaram os pés sobre a lua como a mulher ( Apocalipse 12), e que confiaram em Deus para a sua subsistência. Pois, embora não haja caminho mais curto para a libertação de todo egoísmo e do regime do Espírito deste mundo, do que através da pobreza crística, — quase todos se envergonham dela, desprezam os seus partidários e os consideram como fariseus que querem atrair a atenção dos outros. Desejo do fundo do meu coração que todos os seres humanos se tornem semelhantes a Cristo, e considerem-no, acima de tudo, como sendo o seu muito querido Noivo; eles certamente abraçariam de bom grado a sua pobreza e agradeceriam eternamente a Deus por ela. Porque, Ele cuida dos seus filhos pobres, dá-lhes a sua santíssima fé, e não os deixa mendigar. Quem segue os meus mandamentos e os observa, ama-me; e aquele que me ama é amado pelo meu coração e eu o amarei e me manifestarei a ele, diz Cristo. João , 14,21. [ Anterior ]

Teosofia Prática – Do egoísmo

Nós mentimos ao bom Deus; pois gostaríamos de ir para o céu; nós dizemos-Lhe muitas palavras bonitas, falamos do convite de Cristo, fazemos a nossa sociedade de honestos cristãos e fazemos muito bem; também, as pessoas nos louvam, E pensam que Deus nos levará para o Céu sem termos passado pela Morte do egoísmo. Mas Deus não se importa com conversas; mas Ele quer ter o corpo, a alma e o espírito em posse eterna, e que nós sejamos idênticos ao seu filho Jesus, neste tempo como na eternidade. (1 João , 3). Pois o servo não é melhor do que o mestre; e se chamaram Belzebu ao Senhor, também chamam ao seu servo. [ Anterior ] [ Índice do Capítulo 4 ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 4. Do ser humano interior » Do egoísmo

Teosofia Prática – Do servir o Diabo

Nós buscamos o reino exterior, o dinheiro, as honras, o bom tempo, o conforto, nós servimos o Espírito deste mundo, vamos à Igreja e comungamos, oramos cegamente ao ESPÍRITO DO MUNDO, 1 com as fórmulas dos livros, para que ele abençoe e preserve o Mamom imperfeito e perecível que nós somos. Nós servimos o Diabo sob um belo manto de previsão, de sabedoria e de piedade; nós não pronunciamos a verdade do coração, não chamamos às trevas de trevas, para que não nos aconteça como o que prediz o provérbio: "Aquele que toca a melodia da Verdade, quebram-lhe o violino na cabeça". E, quando somos obrigados a nos expor à luz, para salvaguardar a nossa honra e a nossa boa reputação, saímos tão bem que ninguém nos pode atacar, dizendo não julguemos ninguém, para não sermos julgados por nossa vez ; o que tem uma aparência de piedade. Assim, o diabo fica escondido, e nós, piedosos, que vivemos sem cruz, pensamos ser abençoados sem provas, e entrar sem sofrimento no reino de Deus.

Teosofia Prática – Dos três tipos de seres humanos

Para aquele que compreende e concebe bem este fundo dos PRINCÍPIOS, todo o significado oculto da Escritura lhe será manifesto. De acordo com esta partilha dos PRINCÍPIOS, três tipos de seres humanos foram produzidos; como vemos nos três filhos de Noé que povoaram o mundo. E embora haja uma infinidade de géneros e de vidas, entre os seres humanos, todos eles permanecem sob esses três PRINCÍPIOS, que, um ou outro, predominam em cada indivíduo. Os três Princípios movem-se e sentem; mas eles não operam todos os três. Nós fazemos hoje como Adão fez, e os regenerados não são inteiramente uma exceção. [ Anterior ] [ Índice do Capítulo 4 ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 4. Do ser humano interior » Dos três tipos de seres humanos

Teosofia Prática – Da imaginação

Mas o PRINCÍPIO do meio, o da Luz, bloqueou o caminho e teve supremacia sobre os outros dois. Essa luta pela preeminência desenvolvia-se na alma de Adão, mas sem convulsões; ele poderia dominá-la pela força do PRINCÍPIO luminoso, segundo o qual Deus é chamado Deus simplesmente. Mas o que Adão fez? Ele IMAGINOU 1 tanto tempo na convulsão terrena e no combate do ESPÍRITO DO MUNDO, 2 que finalmente enfraqueceu, caiu em fraqueza e foi mutilado durante o sono. Notas Ver o Anexo Da Imaginação . [  ↑  ] Ver o Anexo Do Espírito do Mundo . [  ↑  ] [ Anterior ] [ Índice do Capítulo 4 ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 4. Do ser humano interior » Da imaginação

Teosofia Prática - Anexo Do Espírito do Mundo

O Espírito do Mundo, o Spiritu Mundi , é o “espírito do grande mundo”, o “relógio das estrelas e dos elementos”. O Espírito do Mundo modela o inconsciente coletivo, a psicologia do rebanho, os movimentos das massas, as religiões mundiais, a política nacional e a hegemonia global. O amante da sabedoria “sairá” do espírito ou corrente do sistema mundial. «Outrora vocês estavam mortos, por causa dos vossos delitos e pecados. O espírito deste mundo levava-vos a viverem dessa maneira. Andavam sujeitos ao chefe das forças do mal, àquele que ainda agora atua nos que são desobedientes a Deus. Todos nós estávamos na mesma condição, dominados pelos nossos maus desejos. Obedecíamos a esses maus desejos e pensamentos, e estávamos naturalmente destinados, como os outros, a receber o castigo de Deus. Mas Deus, que é rico em misericórdia, mostrou por nós um grande amor. Estando nós mortos, por causa dos nossos delitos, ele deu-nos a vida juntamente com Cristo. É pela sua graça que vocês estão s

Teosofia Prática – Do segundo motor da queda

O segundo motor foi o ESPÍRITO DO MUNDO 1 ou o ar da alma, cuja raiz está no PRINCÍPIO escuro e que Adão devia nutrir e cultivar; ele estava enterrado no fundo das duas vidas interiores, e devia estar submetido a elas. Ele também se teria manifestado com prazer para conduzir um regime adequado de acordo com os sentidos exteriores; para sentir, saborear e conhecer cada QUALIDADE. Notas Ver o Anexo Do Espírito do Mundo . [  ↑  ] [ Anterior ] [ Índice do Capítulo 4 ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 4. Do ser humano interior » Do segundo motor da queda

Teosofia Prática – Do primeiro motor da queda

Eu disse no capítulo anterior que o Fogo é bom quando ilumina, aquece e presta serviço aos seres humanos. Da mesma forma, o Fogo da Cólera divina é útil e bom, quando arde em nós em amor e humildade, e quando não ultrapassa os seus limites. O Fogo da Cólera é o gerador do Fogo do Amor ou da Luz, e o Pai do Filho. Mas quando a Cólera quer governar o Amor, acontecem lutas e desordens na ESSÊNCIA da Luz, e ela extingue-se. Então, o Fogo não tem mais nada para consumir; e torna-se escuro, como se vê no Enxofre; foi isso que aconteceu com o Diabo que se tornou completamente tenebroso. Génesis 1, 2. Esse Fogo colérico, ou PRINCÍPIO tenebroso, foi em Adão o primeiro motor do seu desejo, pois estava oculto na Luz interior; mas ele queria manifestar-se e agir pelo seu próprio poder. [ Anterior ] [ Índice do Capítulo 4 ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 4. Do ser humano interior » Do primeiro motor da queda

Teosofia Prática – Da ajudante

Então, Deus disse que não era bom que Adão ficasse sozinho, que ele precisava de uma ajudante. Se alguém perguntar: Como é que o que Deus criou bom pode tornar-se mau? O que é a árvore da prova, e esta defesa? De acordo com o que Cristo revela em Lucas , 15, 12; Kai dieilen autois ton bion , devemos dizer que Adão desejava que as suas formas de vida fossem separadas e ordenadas num corpo feminino para se assemelhar a todos os animais. Isso realmente aconteceu, mas contra o primeiro propósito de Deus; assim, a queda não está, em primeiro lugar, na consumação da pessoa. Pois embora Adão não tivesse comido o fruto proibido com a sua boca carnal, a sua IMAGINAÇÃO 1 estava tão fortemente focada em direção à árvore, que ele foi esmagado por ela e que ele morreu para a força vital interior, ou, como diz a Escritura, ele caiu no sono. Procuremos de onde veio em Adão o desejo de desmembrar as suas formas de vida? Esse desejo veio dos PRINCÍPIOS, dessas próprias formas de vida, e não de

Teosofia Prática - Anexo Da Tintura

Quando um ferro é aquecido em brasa, permanece ferro, mas é “tingido com o fogo”. O corante “tintura” a água, ou seja, muda a sua cor, mas não a sua substância. A alma pode ser tingida com a essência do Amor ardente: «Dessa essência do Amor ardente, a Tintura (quintessência), a água espiritual, a virtude do fogo e da luz eleva-se com o Espírito; o seu nome é Virgem Sofia.» Jacob Boehme, Da Eleição da Graça , 3,21. «Essa Tintura (quintessência) é a virtude ou o poder da palavra no Verbo, e a essência é a concentração, onde a palavra do Verbo se torna essencial e sensível. A essência é a água espiritual, da qual Cristo diz que gostaria de nos dar a beber, e que ela seria para nós fonte da vida eterna. A Tintura (quintessência) muda essa água num sangue espiritual, porque ela é a sua alma; é o Pai e o Filho, donde procede o Espírito Santo, que é o poder e a virtude divina.» Jacob Boehme, Da Eleição da Graça , 3,27. Existem duas tinturas: do fogo (masculina) e da luz (feminina, águ

Teosofia Prática – Da queda

O leitor deve saber de onde se originou a queda dentro duma tão bela imagem; que ele entenda que não foi a vontade de Deus, como diz a razão, mas a própria culpa de Adão que foi criado bom e recebeu de Deus o livre arbítrio para se desenvolver a si próprio. Pois ele tinha em si as duas TINTURAS, 1 ele era uma virgem masculina, vestida de sabedoria e de inteligência, reinando sobre os peixes, as aves e os animais, podendo dar a cada um o seu nome, conforme a sua propriedade, tal como Moisés conta no Génesis , 1 e 2, em termos muito claros. Notas Ver o Anexo Da Tintura . [  ↑  ] [ Anterior ] [ Índice do Capítulo 4 ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 4. Do ser humano interior » Da queda

Teosofia Prática – Do regresso

Quando o leitor meditar na FIGURA do primeiro capítulo, poderá facilmente compreender como Deus se revela em nós segundo o tempo e a eternidade, e como somos FORMADOS à sua imagem e semelhança nos três mundos, Como tudo se resume a tirar a nossa alma do entendimento astral, para colocar a nossa Vontade e o nosso desejo no fundo mais íntimo da Luz. Então, o Espírito Santo vem ao nosso encontro dentro do nosso coração, beija e abraça o nosso desejo, e traz-nos de volta à presença do nosso querido Pai celeste, dentro da majestosa Luz secreta, por meio de Jesus, como José fez com o seu pai e os cinco irmãos mais novos. O nosso Pai, imediatamente, se alegra ao ver o seu Filho perdido retornar humildemente a Ele; e Ele beija com ternura a Natureza exterior e os cinco sentidos, como sabem todas as crianças nascidas de novo. [ Anterior ] [ Índice do Capítulo 4 ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 4. Do ser humano interior » Do regresso

Teosofia Prática – Dos dois círculos

Os dois círculos são os dois PRINCÍPIOS eternos ou olhos da alma, amor e cólera, luz e trevas; sobre os quais Boehme deve ser lido, na primeira Questão Sobre a Alma . 1 Vemos aí como a alma se comporta em cada PRINCÍPIO, permanecendo alheia ao outro. Ninguém consegue ver ali mais do que dentro do ventre da sua mãe; cada PRINCÍPIO implica o seu próprio entendimento; ver Idem , 12,12-13. 2 Notas Ver Jacob Boehme, As Quarenta Questões Sobre a Alma . As Quarenta Questões Sobre a Alma constituem a quarta obra escrita por Jacob Boehme. As questões cujas respostas deram origem a esta obra foram elaboradas por um dos amigos de Jacob Boehme, chamado Balthasar Walter. Após percorrer várias universidades da Alemanha em busca de questões sobre a alma consideradas pelos académicos como impossíveis de ser respondidas de maneira sólida e convincente, Walter catalogou-as e enviou-as a Boehme, que respondeu a todas, dentre elas: De onde proveio a alma no começo do mundo? O que a alma é na

Teosofia Prática – Do equilíbrio

Tal é a descrição dos três mundos dentro do homem segundo o corpo, a alma e o espírito. A alma penetra nestes três mundos; ela está ligada a eles e torna-se na serva daquilo que eles se apropriam pela sua cobiça e a sua vontade. Estes três princípios, ou mundos, estavam em equilíbrio em Adão; o mundo tenebroso está no Fogo, e o Fogo permaneceu oculto na Luz. Eles, os três, produziram um espírito de alegria paradisíaca no Temperamento; e o Paraíso manifestou-se lá como sendo a morada da celeste Sofia. Não consigo descrever todas essas sensações requintadas, aquilo dá ao temperamento, e ao corpo todo, uma nova juventude. Que o leitor se esforce seriamente para a regeneração e para as Bodas do Cordeiro: ele experimentará este matrimónio celeste e então terá que se fechar e também não conseguirá dizer nada a respeito disso. [ Anterior ] [ Índice do Capítulo 4 ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 4. Do ser humano interior » Do equilíbrio

Teosofia Prática – Do fogo espiritual

Nota que não se trata de um fogo MATERIAL, mas dum fogo espiritual, cujo CENTRO ou raiz é a eterna Treva, segundo a qual Deus se chama um fogo consumidor ( Hebreus 12,29). “O olho ígneo MÁGICO, à esquerda, por baixo do coração é, na sua raiz, o fogo da Cólera divina, segundo o qual Deus é chamado de colérico e ciumento; e de acordo com a Luz, é o fogo do Amor divino, segundo o qual Ele é simplesmente chamado de Deus. “Segundo a raiz, Jacob Boehme chama a este espírito, o Espírito do grande Mundo, que se riu após a sua queda (Génesis 3,22); idem, o QUERUBIM com a sua espada flamejante; idem, o anjo vingador no Egito; idem, o anjo que deu leis aos filhos de Israel no Monte Sinai. “Foi com ele que Jacó lutou toda a noite, assim como Jesus no Jardim das Oliveiras; cada verdadeiro discípulo de Cristo necessariamente passa por este processo; não é dual, é apenas um Fogo, mas revestido de duas QUALIDADES. “Segundo este olho ígneo, a alma pertence a Deus Pai; todos aqueles que bus

Teosofia Prática – Dos três Princípios

Esta é a grande alma do fogo, de acordo com a Eterna Natureza ígnea do Pai; dentro do coração reside a natureza eterna da Luz, de acordo com a propriedade do Filho; elas não estão separadas uma da outra. De acordo com o terceiro PRINCÍPIO é a alma do ar, como o ESPÍRITO DO MUNDO; ela arde no calor e no frio. 1 Notas Ver o Anexo Dos Três Princípios . [  ↑  ] [ Anterior ] [ Índice do Capítulo 4 ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 4. Do ser humano interior » Dos três Princípios

Teosofia Prática – Das duas vontades

Ela também produz duas vontades: uma ígnea, exaltada, orgulhosa e diabólica; a outra humilde, baixa, angelical; daí a escolha dos Eleitos. Porque o ser humano é, por enquanto, o seu próprio artesão; ele pode colocar os seus desejos em si próprio, como ipseidade, ou na unidade de Deus, de acordo com a equanimidade; e ele é aceite pela cólera ou pelo Amor. Porque aquilo que o temperamento assimila, queima no temperamento, quer seja uma ipseidade terrena ou celeste; e ele exala um espírito análogo, em palavras e ações. Se, portanto, a Vontade arde no Amor, é o Paraíso; mas assim que ela se separa do Amor, é o Inferno. [ Anterior ] [ Índice do Capítulo 4 ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 4. Do ser humano interior » Das duas vontades

Teosofia Prática – Do Misterium Magnum

Dentro do coração, está a luz divina do mundo, ou o olho, Templo do Espírito Santo, no qual Deus habita, e que se chama Deus na Luz; é o PRINCÍPIO do meio, no homem regenerado. Por baixo, está o olho MÁGICO divino da Maravilha e do Fogo 1 que é, entre os regenerados, o lugar onde o Pai produz o Seu Filho. Nos outros, é o Fogo da Ira Divina. É o fundo do céu, dos Infernos e do mundo visível, donde nascem o bem e o mal, assim como a luz e as trevas, a vida e a morte, a bem-aventurança e a condenação. Não é sem razão que se chama MYSTERIUM MAGNUM , 2 porque contém dois seres e duas vontades: a Unidade e a Multiplicidade, a qual entra numa convulsão até ao Fogo e à Luz; no Fogo está contida a Vida natural, e na Luz está contida a santa Vida espiritual da unidade. Notas Ver Jacob Boehme, Encarnação , Part. I, cap. 3, v. 19. [  ↑  ] Ver o Anexo Do Abismo . [  ↑  ] [ Anterior ] [ Índice do Capítulo 4 ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 4.

Teosofia Prática - Anexo Do Abismo

O objetivo deste Anexo é esclarecer o conceito de Ungrund de Jacob Boehme. Principe e Weeks seguem o entendimento e uso de Paul Tillich deste termo como uma matriz primordial (eterna) da qual Deus e a ordem criada emanam. A partir de uma leitura atenta das principais obras de Boehme, verifica-se que isso é um equívoco. Para Jacob Boehme, o significado central de Ungrund é “nada absoluto”. Esta leitura permite esclarecer o importante termo alquímico, Salitre, 1 bem como expor a Doutrina da Trindade de Jacob Boehme, especialmente no que se refere à ordem criada. História da Creatio ex Nihilo Para entender a gravidade e a importância singular da obra de Boehme, é preciso examinar a história da creatio ex nihilo . Boehme rejeita o conceito de creatio ex nihilo como os alquimistas o entendiam. Filósofos e estudiosos da Bíblia concordam que a ideia em si é relativamente tardia no léxico teológico. O peso da sua opinião sustenta a hipótese de que a doutrina da creatio ex nihilo surgi