Teosofia Prática – Do herói Jesus
- Aquele que está armado, guarda a sua casa e o seu reino:
Tenhamos conosco, no combate, o herói Jesus;
caso contrário, não conseguiremos nada e o Diabo rirá de nós e do Cristo em nós. - Não há combate mais violento, nem mais doloroso do que quando o bom Deus desposa uma boa alma e esta deixa crescer no seu coração uma raiz amarga:
- O resultado é uma separação da Vontade de Amor único em muitas vontades amargas como aconteceu no Céu com os anjos, até que por fim Lúcifer foi precipitado, com as suas legiões da Luz, para as Trevas;
- Isto também aconteceu com os meus companheiros que, por um envio admirável de Deus, me encontraram na minha morada, quando eu vivia muito escondido e pensava que permaneceria desconhecido;
- Eles ficaram noivos de SOFIA e esforçaram-se de todas as maneiras por chegar ao matrimónio;
alguns trabalharam duramente por dez anos; - Até se ligaram espontaneamente entre si por três vezes, e prometeram guardar-se de toda amargura para CONSERVAR um tal amor e afastar, ao primeiro movimento, o menor pensamento que não fosse amor;
- E aquele que propôs este juramento, nunca teria acreditado que seria o primeiro perjuro e que aquilo que ele havia construído no Amor de Jesus seria derrubado pela Cólera;
o qual aconteceu, no entanto, num curto intervalo. - Surgiu uma Vontade infernal e um demónio tão amargo que se afastaram uns dos outros, e o Amor manifesto que existia se transformou em assassinato, calúnia, vícios, falsos julgamentos e perseguições, e que a perversidade a que foi dada livre rédea excedia em muito o bem que havia sido feito.
- Como resultado, a Cólera foi tão incendiada na Natureza que eu e um irmão que permanecemos firmes no processo de Cristo, fomos ameaçados nas nossas vidas, e tivemos que combater até ao sangue contra o dragão da Vontade;
- E se o nosso fiel herói e aliado não tivesse metido mãos à obra connosco, seria impossível resistirmos à tentação.
- Porque quanto mais nós colocamos nos seus corações o amor de SOFIA, mais eles exaltaram a propriedade colérica do Dragão;
até que, finalmente, Deus teve que cortar os espinheiros com a foice, para que nós não fôssemos tentados além das nossas forças.
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