Teosofia Prática – Da imagem de Cristo

  1. O semelhante ama o semelhante, dizem;
    e como isto é natural, não devemos nos surpreender que Cristo ame aqueles que são como ele.
  2. Como ele já não encontra em nós o seu rosto, já que todos nos tornamos filhos da Cólera, e como nos falta a Justiça, que só ela tem valor diante de Deus, Ele envia-nos o seu Espírito Santo para despertar a noiva.
  3. E Ele envia para fora o seu anjo para buscar as almas virgens;
    Ele tira a Sua luz aos Seus filhos e convida para a festa os cegos, os aleijados e os enfermos.
  4. Ele abraça e beija todos os seus convidados igualmente;
    mas ninguém se confia aos Seus braços, ninguém O conduz à câmara nupcial oculta, que não tenha passado pelo exame nos desertos da carne e triunfado sobre o Tentador.
  5. Isto foi o que os meus companheiros não quiseram acreditar;
    ele abrasaram-se de furor e quiseram violar a querida SOFIA;
    mas eles deram um passo em falso terrível e perderam a sua coroa angélica.
  6. Por isso, leitor, tu podes considerar inútil qualquer outro preceito que não seja manteres-te humilde e preservares-te da tua própria exaltação.
  7. Certamente, não é pouco tornar-se anjo ou filho de Deus, de Diabo que era, sentar-se com Cristo à direita de Sua Majestade e ser juiz sobre os seus inimigos.
  8. Para isso temos que ser a imagem exata de Jesus na vida, na aflição, na perseguição, na pobreza, nas dores, no inferno e na morte, é o que a carne delicada e o sangue acham muito difícil, e eles preferem uma alegria curta e passageira à beatitude eterna.
[ Anterior ] [ Índice do Capítulo 5 ] [ Seguinte ]

Início » Textos » Teosofia Prática » 5. Do combate de Miguel com o dragão » Da imagem de Cristo