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A mostrar mensagens de dezembro, 2021

Teosofia Prática – Da reação do mundo

Eu nunca pedi dinheiro a nenhum rico, nem me curvei diante de Mamom; mas testemunhei livremente a Verdade, estigmatizei o Injusto e fui amado pelos ricos mais do que merecia. Quando eu vivia no Mundo, servindo o seu ESPÍRITO, eu tinha que fazer o que ele queria; mas quando a graça de Deus me arrebatou por dentro e fui repreendido e castigado por viver segundo o mundo, ele tirou-me a minha comida, tirou-me tudo e não me deixou uma camisa, pensando calcar-me aos pés. Ele perdeu a sua autoridade por isso mesmo; porque eu tenho servido a santa vontade de Deus, tenho suportado a minha dor; e, quando ele viu a sua derrota, pressionou-me intensamente e exasperou-me para além do limite, mas, pela graça de Deus, não conseguiu levar-me para o seu paraíso de VÉNUS. Ele ficou violentamente irritado e esforçou-se por matar à fome a pobreza de Cristo. Mas Deus, sabiamente, frustrou-o. Que para Ele sejam eternamente a glória, a honra, o louvor e a gratidão, - o poder, o reino, a força e a a...

Teosofia Prática – Da Sabedoria celeste

A pobreza crística é a consolidação da Sabedoria celeste e a roupa com a qual ela se reveste. Quem quiser ir até ela, primeiro deve tornar-se pobre. Esta pobreza é o tesouro escondido de todas as riquezas, as potências, os conhecimentos e os MISTÉRIOS de Deus. Um louco despreza-a, mas um sábio tem-na em alta estima; todo o Mamom terrestre não passa de lama diante dela. Falo sem orgulho e com verdade; o Senhor é minha testemunha: Se os bens do mundo inteiro me fossem oferecidos em troca da pobreza de Cristo, eu não os desejaria. Ela protege da distração e da vaidade, e é um Fogo divino que constantemente desperta e excita ao amor e à oração. Deus está tão intimamente ligado aos Seus pobres que não pode deixá-los: os anjos, os homens e os corvos devem servi-los. Deus não os deixa mendigar, como o Espírito do Mundo faz com os seus infiéis pobres, a quem ele frequentemente rejeita como cães. Deus sempre desperta corações generosos que se ocupam dos fiéis. Não podemos conhecer o...

Teosofia Prática – Do dar e receber

Mas, replica a razão: se todos os seres humanos fossem tão pobres, quem os sustentaria? Escuta, razão, o ensino de Cristo: não persigas o Mamom injusto, nem vás além do uso moderado. Cristo chama aos ricos Senhores da casa e mandou-os dar no tempo devido e de acordo com as necessidades dos Seus pobres servidores; estes últimos não pedem mais do que isso. E aquele que diz: isto é o meu bem e a minha propriedade, está a roubar de Deus e terá de lhe prestar contas. Deus criou tudo para uso comum e não para a soberba e o conforto. E os ricos que trancaram as riquezas de Deus nos seus cofres, que não ajudaram os pobres cristãos no tempo propício, ouvirão com terror estas palavras: Afastem-se de mim, malditos, vão para o fogo eterno, que está preparado para vocês e para todos os demónios. (Mateus 7, 23) Enquanto um crente possuir algo de seu, não pode confiar-se a Deus de todo o coração, não pode penetrar até à fé viva e firme, nem ser libertado do regime do Espírito deste Mundo; ...

Teosofia Prática – Da posse

A razão pode torturar a Escritura e derivar dela interpretações falsas; a vida e as lições de Cristo, no entanto, permanecem totalmente opostas à vida natural adâmica; e aquele que possui alguma coisa na sua vontade não pode ser um verdadeiro cristão regenerado. Porque na possessão aninha-se o egoísmo que seduziu Adão. O egoísmo deve ser completamente rejeitado, ou então a possessão será lançada nos Infernos, ao qual ela pertence. Cristo viveu de esmolas na terra e não teve nada que fosse dele, nem mesmo onde repousar a cabeça. ( Mateus 8, 18) [ Anterior ] [ Índice do Capítulo 2 ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 2. Do ser humano natural » Da posse

Teosofia Prática – Da vida segundo a fé

Esta vida segundo a fé é rara hoje, admito prontamente; é verdade que somos semelhantes a pagãos incrédulos; no entanto, a nossa incredulidade não ultrapassa a fé em Deus. Foi por isso que eu tive receio de ser conhecido pelos homens, pois via claramente que a pobreza crística derrubaria toda a vida mundana, e provocaria lutas e contradições violentas, como se cada um quisesse precipitar-se contra essa pedra angular, dizendo: Quem pode viver assim? Eles julgavam a pobreza crística e os seus praticantes como sendo os sofistas mais perigosos que o mundo já teve; prejudicando seriamente as REPÚBLICAS mais estabelecidas; o sino estava bem fundido, mas faltava o badalo. Essa tempestade não nos incomodou nem um pouco e levou-nos à oração porque o Diabo acreditou que podia fazer de nós vencidos. [ Anterior ] [ Índice do Capítulo 2 ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 2. Do ser humano natural » Da vida segundo a fé

Teosofia Prática – Do ensinamento de Cristo

Disto, segue todo o Seu ensino: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque o reino dos céus é deles.” (Mateus 5, 3) “Ninguém pode servir a dois senhores ao mesmo tempo.” (Mateus 6, 24) “Vejam os pássaros do céu: eles não semeiam nem colhem, mas o vosso Pai celeste alimenta-os.” (Mateus 6, 26) “Procurem primeiro o reino de Deus e a sua justiça, todo o resto vos será dado por acrescento.” (Mateus 6, 33) “Não se inquietem, o Pai cuida de vocês.” (Mateus 6, 27-30) “Procurem por tesouros que permanecerão para sempre, etc.” (Mateus 6, 19-21) [ Anterior ] [ Índice do Capítulo 2 ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 2. Do ser humano natural » Do ensinamento de Cristo

Teosofia Prática – Da lei de Cristo

Retornemos, então, e invoquemos Jesus, que desceu desde o seu Pai celeste para nos ajudar, para abstrair a nossa vontade criatural de todos os desejos terrestres, voltá-la para o seu Pai - e sujeitemo-nos a ele até à morte da cruz. Ele ensinou-nos que, se quisermos ser seus discípulos, devemos renunciar a todos os desejos terrestres, tomar a nossa cruz e segui-lo: e esta instrução não é só dirigida aos Apóstolos, mas a todos os Cristãos. Os primeiros cristãos PRATICARAM este mandamento e, assim, testemunharam que amavam a Cristo e guardavam a Sua lei. [ Anterior ] [ Índice do Capítulo 2 ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 2. Do ser humano natural » Da lei de Cristo

Teosofia Prática – Da escravidão do mundo

Sabemos pelas Escrituras como, pelas luzes da Natureza, Adão desviou a sua livre vontade desde o seu Criador em direção ao Espírito deste mundo, e cobiçou os seus tesouros e o seu esplendor, instilando em nós um desejo semelhante e tornando-nos escravos do mundo e dos filhos das trevas. Com o suor da testa recolhemos o nosso pão, e passamos a vida em fadigas, angústias, necessidades, dores, até que finalmente deixamos tudo para irmos para as trevas eternas e nos tornarmos filhos do Inferno; [ Anterior ] [ Índice do Capítulo 2 ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 2. Do ser humano natural » Da escravidão do mundo

Teosofia Prática – Do zelo primitivo

Podemos maravilhar-nos que o zelo da Igreja primitiva tenha desaparecido tão rapidamente e que tenhamos recaído desde a rejeição dos bens terrenos até à sua aceitação egoísta. Nunca poderei agradecer o suficiente ao meu Deus por me ter conduzido, a mim, o mais indigno, à própria pobreza de Cristo, e que me tenha aberto o retiro pela PRÁTICA, apesar dela ser desprezada pelos seres humanos devido à falta de amor ardente por Cristo Jesus. Nós devemos estar sujeitos a ele e obedecer-lhe como nosso chefe, nosso rei, nosso eterno noivo; e devemos amá-lo acima de tudo; pois onde não há uniformidade, não pode haver unidade e HARMONIA. [ Anterior ] [ Índice do Capítulo 2 ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 2. Do ser humano natural » Do zelo primitivo

Teosofia Prática – De Jacob Boehme

Por piedade da nossa miséria, Deus deu-nos a graça de nos revelar, por meio dum leigo simples e ignorante, Jacob Boehme, 1 o abismo profundo dos TRÊS PRINCÍPIOS, a árvore do conhecimento do Bem e do Mal e as quedas de LÚCIFER e de Adão que daí resultaram. Essas noções inflamavam muitas almas que aí escavaram para encontrarem a pequena pérola; e uns e outros a encontraram aqui e ali, o que os fez consagrar ao amor e à oração. Esses escritos caíram nas minhas mãos pela primeira vez, poucos anos após o meu despertar; eles foram de grande utilidade para mim no meu primeiro combate. Notas O místico alemão e escritor teosófico Jacob Boehme nasceu perto de Görlitz no que era então a Alta Lusácia, uma região que ficava dentro do Sacro Império Romano. Tendo servido como aprendiz de sapateiro, Boehme mudou-se para Görlitz, onde se juntou a um grupo devocional sob a liderança de Martin Moller (1547–1606). Aqui, Boehme passou por uma intensa experiência interior e, embora não tenha escri...

Teosofia Prática – Do caminho agradável

Se notarmos como todas as religiões do mundo aguçaram o mental, abrindo-lhe um caminho agradável até ao Paraíso para levá-la até ao esplendor divino sem ter morrido a ela própria e sem ter seguido a Cristo, vemos a luta dos três PRINCÍPIOS 1 para obter o governo da alma, Donde resulta a cegueira e o grande egoísmo do homem natural, que crê que as suas opiniões e as suas teorias são as de Deus, e segue-as em vez de ouvir as palavras e as ordens vindas do Alto. Não estou a falar aqui dos pagãos que nunca ouviram falar de Cristo: pensa-se assim hoje entre os Cristãos; cada um vive, morre e raciocina de acordo com as suas idéias e acredita que chega ao céu sem a regeneração, nem a morte de si próprio, como os seus mestres cegos lhe ensinaram. Notas Ver o Anexo Dos Três Princípios . [  ↑  ] [ Anterior ] [ Índice do Capítulo 2 ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 2. Do ser humano natural » Do caminho agradável

Teosofia Prática – Do julgamento da alma

Também não devo esconder como Deus, na agonia de grandes pecadores, a qual eu assisti, me fez ver que Cristo segue a alma até que ela se separe do corpo. E quando a alma chega ao limite da oitava forma ígnea, onde Moisés está com a sua lei, e o Diabo lê à alma o registo dos seus pecados, Cristo é o mediador e o intercessor da alma, para que ela ainda receba um olhar da graça e que ela conserve um vislumbre de esperança. Mas por causa disso, eu não aconselho ninguém a pecar, pois onde a Cólera de Deus está muito excitada, ela arde inexoravelmente, como se vê a semelhança no fogo natural; quanto mais madeira e óleo lhe damos, melhor ela queima; assim, que cada um fique avisado. [ Anterior ] [ Índice do Capítulo 2 ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 2. Do ser humano natural » Do julgamento da alma

Teosofia Prática – Das duas prisões

E embora, de acordo com 1 Pedro, 3, 19, podemos esperar nalgum alívio para os infernos, porque Cristo pregou aos espíritos prisioneiros; eu admito ter estado em espírito nessa prisão entre o Tempo e a Eternidade e no Inferno dos demónios, mas encontrei grandes diferenças entre ambas: Porque na prisão entre o Tempo e a Eternidade, não há angústia, nem trevas, nem luzes, mas um crepúsculo. No Inferno, existem tormentos terríveis que imediatamente forçam a alma a duvidar e negar a Deus. Pois a minha estada nesse lugar durou apenas seis horas, e se Deus não tivesse retido a minha língua, eu teria negado Deus para sempre. [ Anterior ] [ Índice do Capítulo 2 ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 2. Do ser humano natural » Das duas prisões

Teosofia Prática – Da intercessão ineficaz

Apesar de nos elevarmos no amor de Deus e de desejarmos ver no Céu todas as almas condenadas pelo diabo, - ao que eu não me oponho, - uma tal coisa não está nem na onipotência de Deus, nem na nossa vontade, mas na dessas almas e desses demónios, quando eles tiverem concebido um desejo de humildade e quando eles tenderem a ser libertos do fundo da Cólera. No entanto, eu creio que não há mudança possível para o que é eterno. Não estou a falar daqueles que estão pendurados no fio e que passam pelo FOGO MÁGICO da Cólera à custa de dores inexprimíveis; Mas daqueles para quem nenhuma intercessão terá qualquer efeito e que não têm que esperar por qualquer abrandamento: eles negarão, amaldiçoarão e fugirão de Deus. A Vontade deles não terá lugar nos julgamentos de Deus; é por isso que nós devemos estar em paz com Ele, pois Ele é justo e verdadeiro. [ Anterior ] [ Índice do Capítulo 2 ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 2. Do ser humano natural » Da...

Teosofia Prática – Da vontade diabólica

Sabemos que Deus é bom, que tudo o que Ele fez é bom e que, portanto, Ele não pode de forma alguma desculpar a nossa perversidade e esta Vontade que nós tornamos egoísta e que Ele nos insuflou, livre e divina. Que agora é diabólica, a quem o Espírito comparou pela pena de Daniel e João, àqueles animais ferozes, a dragões horríveis, a serpentes venenosas; certamente ela não saiu do ódio, da inveja ou da amargura. Mas ela saiu dum amor cordial, a fim de que os pobres filhos de Eva pudessem um dia aprender a conhecer-se, conceber ódio, repulsa e horror por eles próprios, e regressar com o filho pródigo à casa do Pai Celeste. [ Anterior ] [ Índice do Capítulo 2 ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 2. Do ser humano natural » Da vontade diabólica

Teosofia Prática – Da autoridade própria

A autoridade própria, apesar de sincera, é inútil e somente atua contra a vontade divina. Uma vontade desapegada e pacífica é mais útil e agradável a Deus do que uma vontade agindo por si própria. Nós não queremos nada, a não ser o que Deus quer; nós deixamos a razão dizer de nós o que lhe agrada, pois sabemos que ela é cega nas coisas divinas. [ Anterior ] [ Índice do Capítulo 2 ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 2. Do ser humano natural » Da autoridade própria

Teosofia Prática – Do retiro

A razão diz: Já que vocês celebram uma vida apostólica tão elevada, por que não vão e pregam o Evangelho ao mundo, em vez de ficarem em retiro? Sim, cara razão, tu disseste bem. Tu serias a primeira, se te pregássemos e te disséssemos: sai da tua casa e segue-nos, quem recusaria? Nós não temos ordem para sair; nós somos chamados, e nós devemos permanecer na Vontade do Criador para realizar o que a ele lhe agradar, como sendo um seu INSTRUMENTO. [ Anterior ] [ Índice do Capítulo 2 ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 2. Do ser humano natural » Do retiro

Teosofia Prática – Do permanecer firme

Eu tinha proposto a mim próprio não conhecer mais nenhum ser humano, porque eu temia a razão que é hoje a rainha do mundo e que quer governar tudo, e porque tinha um pressentimento de que lutas fortes viriam por intermédio dos relacionamentos. Mas eu curvei-me diante do Espírito de Deus que dirigiu a minha vida e os meus laços contra a minha vontade e que se revelou a mim na minha oração como um bom amigo. Eu tenho que agradecer ao Altíssimo por ter arrancado a minha vida à vingança da morte e dos infernos e ao meu ódio por todos os seres humanos, e que nesta luta feroz contra Deus e os homens, não me deixou sucumbir. É triste, porém, que em trinta, só houvesse um que permanecesse firme, que colocou a sua fé em Jesus e que fosse o único a celebrar a onipotência do amor de Deus. [ Anterior ] [ Índice do Capítulo 2 ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 2. Do ser humano natural » Do permanecer firme

Teosofia Prática – Dos poucos cristãos fieis

Onde estão esses tais cristãos, pergunta a razão? Eu ficaria feliz se visse um. Eu reconheço que eles são muito esparsos na nossa época e que podem ser facilmente contados. Não teria sido necessário, pobre raciocinador, que tu exortasses os teus ricos ouvintes e seguidores a fecharem os seus cofres e as suas mãos e a deixarem famintos todos esses poucos. Espero também que Deus não contabilize a tua cegueira, da qual tu tens pensado em te livrar; pois foste útil para nós, acendeste o fogo das nossas orações e exercitaste a nossa fé, o nosso amor, a nossa esperança e a nossa paciência. Se tu queres ver esses cristãos fiéis, bebe o cálice que nós bebemos, sê batizado com a unção que nós recebemos. Exteriormente, nós somos miseráveis e pecadores, como todo mundo; mas o ser humano interior está escondido em Deus e permanece oculto de todo entendimento. [ Anterior ] [ Índice do Capítulo 2 ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 2. Do ser humano natu...

Teosofia Prática – Do Espírito Santo

Um pobre cristão fiel é um sacerdote consagrado de Deus e do Templo do Espírito Santo onde o Senhor habita: 1 a sua função é rezar sem cessar em Espírito e em Verdade, quer pela pátria onde habita quer por todos os homens, a fim de que sejam trazidos à verdade pela descida do Espírito Santo. Ele deve ajudar os seus irmãos a lutar, a combater e a triunfar; é impossível para ele servir a dois senhores ao mesmo tempo e colocar os seus sentidos na comida, pois ele é impróprio para todos os trabalhos externos. É por isso que ele deve resguardar-se e viver com moderação, dando atenção sustentada aos movimentos do Espírito Santo dentro do seu coração, 2 a fim de ouvir o que o Senhor lhe diz; 3 mas, pelo contrário, um pobre temporal só lida com as coisas deste mundo. Notas «Será que vocês não sabem que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que vive em vocês e vos foi dado por Deus? Vocês não pertencem a vocês mesmos, mas a Deus.» 1 Coríntios 6, 19. [  ↑  ] «Com...

Teosofia Prática – Da pobreza temporal

Um pobre temporal incrédulo, que infelizmente caiu na miséria, só se ocupa com o pão material e, quando o tem, fica feliz e considera-se feliz, mas não sabe nada de Deus. O crente guarda os mandamentos de Deus e não cobiça o bem do próximo rico, nem lhe pede a sua ajuda; e se o fizer, dependendo do motivo, não tirará proveito disso. Pois Deus quer ter a honra de só ele ajudar os que lhe pedem; ele carregará um Habacuque pelos cabelos para a cova dos leões de Daniel, 1 ou enviará um homem gentil e angelical que cuidará da pobreza crística. Um pobre temporal incrédulo corre atrás dos ricos e ultrapassa-os; pois não espera nada dos pobres, e os ricos não darão de boa vontade, porque podem enriquecer os pobres. Um cristão crente rejeita toda a confiança nos homens, mesmo em si mesmo, porque Deus assim o proíbe: um pobre temporal incrédulo não tem outro Deus ou auxílio senão os ricos deste mundo. Notas Habacuque foi um profeta do Antigo Testamento que quando foi ordenado por u...

Teosofia Prática – Da pobreza de Cristo

A isso, a razão responde: Se os ricos sustentassem os pobres, eles próprios cairiam na miséria e não poderiam mais compartilhar nada. A isso Tauler responde que se os ricos chegassem tão alto, eles estariam na pobreza de Cristo, o qual cuidaria deles e proveria às suas necessidades. Mas eu respondo a isso que a razão é cega, e não conhece a pobreza de Cristo, nem a distingue da pobreza do mundo. Pois os pobres de Cristo são os cristãos fiéis, que só são pobres por amor ao seu Mestre e que valorizam essa pobreza mais do que todos os tesouros do mundo. E mesmo que tu quisesses dar a um cristão fiel todas as joias do teu Mamom, ele não as aceitaria, porque ele vive em completa abnegação de todos os bens terrenos, que ele é um pobre abençoado, rico em divindade, o que um pobre temporal nunca será. Um crente não se empobrece a si próprio, mas é o mundo que o persegue, lhe tira tudo, expatria-o e assim o põe na verdadeira pobreza de Jesus, por forma que ele não pode comprar, nem vender...

Teosofia Prática – Da munificência de Deus

A bênção de Deus, com a sua munificência (bondade), enriquece sem trabalho: porque Deus ama aquele que dá, e ele recompensará até mesmo um copo de água fria. Cristo, falando de seu julgamento futuro (Mateus 25), também nos ensina que colocará o pobre à sua direita e o rico à sua esquerda, dizendo: Eu estive com fome, com sede, nu, doente e prisioneiro, e aquilo que vocês fizeram ou não aos meus pobres membros, vocês fizeram-no a mim, ou vocês não o fizeram a mim; e ele dará a cada um a recompensa de acordo com as suas obras. [ Anterior ] [ Índice do Capítulo 2 ] [ Seguinte ] Início » Textos » Teosofia Prática » 2. Do ser humano natural » Da munificência de Deus

Teosofia Prática – Do servir dois senhores

Tu dizes que se pode servir a dois senhores ao mesmo tempo, 1 acumular tesouros e perseguir ladrões, festejar e criticar os ricos; que nada se deve dar aos pobres, para que não sejam fortalecidos na sua preguiça ou FANTASIA; e tu enches o poço de Abraão. 2 Com isso, a Vontade própria, consolidada no seu egoísmo, atrai para si todas as riquezas da terra, guarda as suas, despreza os pobres e comporta-se como um preguiçoso, Que paralisa os membros pobres de Cristo e luta contra a ira de Deus, de modo que são obrigados a invocar a ajuda de Deus. Assim, a justiça de Deus é muitas vezes despertada, ela esconde de ti um inimigo, ela transforma em maldição a tua aparente benção, de tal forma que tu tens que manter milhares de soldados, para protegeres o teu Mamom, 3 para evitares que o inimigo caia sobre ti, não te tome tudo e te faça semelhante a um daqueles pobres cristãos. Que os ricos deste mundo não se orgulhem, que não confiem nas riquezas incertas, mas no Deus vivo, que ...

Teosofia Prática – Das riquezas terrestres

A razão cega dirige-se nestes termos à Vontade própria: Se todos os seres humanos seguissem as pegadas de Cristo, e o seguissem uniformemente, o Mundo não poderia mais existir, porque não haveria mais comida. Mas, cara razão, seiscentos mil homens, sem contar mulheres e crianças, saíram do Egito; no entanto, não lhes faltou comida. 1 Os primeiros cristãos venderam os seus campos e colocaram tudo em comunidade: e Jerusalém permaneceu de pé. Será dito à Vontade própria que ela deve ter como se não tivesse; e se Deus lhe enviar riquezas, que ela não as tranque dentro dos seus cofres, dizendo: Esta propriedade é minha e dos meus filhos, viverei dela, farei dela o que eu quiser, e deixarei estes tesouros para os meus filhos. Mas ela deve dizer: Senhor, esta propriedade é tua e dos teus pobres filhos; Eu ta ofereço de novo, e ela deverá deixar os pobres apanharem as migalhas que caem da mesa; é assim que os pobres poderão andar, sem preocupações e com seriedade, no serviço espir...

Teosofia Prática – Da entronização da vontade própria

Eu sinto muito bem a adversidade diabólica dentro do meu egoísmo de criatura; ela esconde-se alegremente dentro do homem e não gosta de ser sufocada; mas eu deixo agir Aquele que reina. Pois a Vontade própria ama-se tanto e torna o homem tão cego que não consegue mais reconhecer o amor divino, nem distingui-lo do amor pessoal; e ele imagina, quando alguém toca no seu egoísmo com uma única palavra, que estão a atacar a menina dos olhos de Deus, 1 e ele prontamente brandiria o fogo do céu para aniquilar o ousado. Mas a tua Vontade própria não é o profeta de Deus, não é Elias, que estava submetido ao Espírito de Deus; é simplesmente uma vontade do Diabo que se entronizou na tua Luz da Vida, 2 como num templo de Deus, e que reina sobre tudo o que é divino, acreditando ser o próprio Deus. Notas A expressão “menina dos olhos de Deus” é baseada em alguns versículos bíblicos que fazem referência à proteção especial do Senhor. «Protege-me como à menina dos teus olhos; esconde-m...