Anfiteatro da Sabedoria Eterna - Prólogo do Sexto Grau
SEXTO GRAU PROLOGÉTICO
Versão antiga ou Vulgata | Passagens citadas da Sacro Santa Escritura | Nova tradução dos Provérbios a partir do hebreu, e da Sabedoria a partir do grego |
291. Todos os Bens (atesta o Sábio) Vieram a mim igualmente com (A Sabedoria) ela, e inúmeras honestidades pelas suas mãos. | Sb 7, 11. | 291. Todos os bens se aproximaram de mim com e ao mesmo tempo que ela, e pelas suas mãos inúmeras riquezas. |
292. E eu rejubilei com todas as coisas, e porque esta Sabedoria me antecedia e eu ignorava que ela é a mãe de todas as coisas. | Sb 7, 12. | 292. Eu rejubilei com todas as coisas, porque a Sabedoria é o seu autor; e eu ignorava realmente que ela própria é a mãe delas. |
293. Porque ela é um tesouro infinito para os seres humanos; aqueles que se serviram dela são feitos participantes da amizade de Deus, e são recomendados devido aos dons da Disciplina. | Sb 7, 14. | 293. Porque ela é para os seres humanos um tesouro inesgotável; aqueles que se serviram dela estão unidos por amizade com Deus e são recomendados por causa dos dons da Disciplina. |
294. Ele próprio deu-me a Ciência verdadeira das coisas que são; afim de que eu saiba a disposição do Globo das Terras e as virtudes dos Elementos. | Sb 7, 17. | 294. Porque Deus deu-me a cognição verdadeira das coisas que estão na Natureza, afim de que eu compreenda a constituição do Mundo e a força dos Elementos. |
295. O começo e a consumação e o meio dos tempos, as permutações das vicissitudes e as consumações dos tempos, | Sb 7, 18. | 295. O começo, o fim, o meio do tempo, as vicissitudes dos solstícios, e a variedade das estações, |
296. As mutações dos costumes e as divisões dos tempos, o circuito dos anos e a posição das estrelas; | Sb 7, 19. | 296. O curso do ano e as disposições das estrelas, |
297. As naturezas dos animais e os instintos violentos das bestas e a força dos ventos e as cogitações dos seres humanos, as diferenças dos arbustos e as virtudes das raízes. | Sb 7, 20. | 297. As naturezas dos animais, os instintos violentos das bestas, a força dos ventos e as cogitações dos seres humanos, as diferenças das plantas e as faculdades das raízes. |
298. E eu aprendi todas as coisas que são absconsas e imprevistas; porque a Sabedoria, operária de todas as coisas, me ensinou. | Sb 7, 21. | 298. E eu conheci mesmo todas as coisas que estão escondidas e não ainda reveladas, porque a Sabedoria, operária de todas as coisas me ensinou. |
299. E visto que (A Sabedoria) é uma, ela pode Tudo, e permanente nela própria, renova todas as coisas; e transfere-se entre as nações nas Almas santas e constitui os Amigos de Deus e os Profetas. | Sb 7, 27. | 299. Visto que ela é Única, ela pode tudo, subsistindo nela própria, ela renova todas as coisas, e transferindo-se em cada época nas almas santas, forma os Amigos de Deus e os Profetas. |
300. Porque Deus não ama ninguém, a não ser aquele que habita com a Sabedoria. | Sb 7, 28. | 300. Deus não ama ninguém, a não ser aquele que habita com a sabedoria. |
301. Quando as vias dos seres humanos (homo) forem aprovadas pelo Senhor, ele converterá também à paz os seus inimigos. | Pr 16, 7. | 301. Quando as vias dos seres humanos (vir) forem aprovadas pelo Senhor, ele tornará também pacíficos os seus inimigos. |
302. (Porque) ela é Doutora da Disciplina de Deus, eleitora das suas obras. | Sb 8, 4. | 302. Porque ela é hábil e iniciada na ciência de Deus e eleitora das suas obras. |
303. E se são desejadas as riquezas na vida, o quê de mais rico que a Sabedoria que fez todas as coisas. | Sb 8, 5. | 303. Que se a possessão das riquezas é desejável nesta vida, o quê de mais rico que a Sabedoria, por quem todas as coisas foram feitas? |
304. Se o sentido trabalha, quem mais do que Ela é o artesão das coisas que existem? | Sb 8, 6. | 304. Se a Prudência atua e produz uma obra, quem é mais artificioso do que ela na constituição das coisas? |
305. E se alguém ama a justiça, as grandes virtudes são as suas obras; porque ela ensina a Sobriedade e a Prudência, e a Justiça e a Virtude, junto das quais nada é mais útil aos seres humanos na vida. | Sb 8, 7. | 305. E se alguém ama verdadeiramente a Justiça, as virtudes são as suas obras; porque ela ensina a Temperança e a Prudência, a Justiça e a Fortaleza, junto das quais nada é mais útil aos seres humanos na vida. |
306. Se alguém deseja a multiplicidade da Ciência, ela sabe o passado e estima o futuro; ela conhece os ardis dos discursos e as dissoluções dos argumentos; ela sabe os sinais e os monstros antes que eles apareçam e o que deve acontecer nos tempos e nos séculos. | Sb 8, 8. | 306. Mais, se alguém deseja usar muitas coisas, ela sabe aquilo que é antigo e conjetura coisas que estão para vir; ela compreende os ardis dos discursos e as explicações dos enigmas; ela prognostica os sinais e os prodígios, e as coisas essenciais das estações e dos tempos. |
307. Eu portanto propus-me associar-me a Essa Sabedoria para viver comigo, sabendo que ela me comunicará bens e será a alocução dos meus aborrecimentos. | Sb 8, 9. | 307. Eu portanto decretei de a juntar a mim como companheira habitual da minha vida, sabendo certamente que ela será para mim a providenciadora dos bens e a consoladora das penas e dos tormentos. |
308. Eu terei por causa d'Ela luz nas assembleias, e, jovem, honra junto dos anciãos. | Sb 8, 10. | 308. Eu adquirirei por causa dela, quer a glória no vulgar quer, jovem, a honra junto dos anciãos. |
309. E encontrarão a minha acuidade no julgamento e eu serei admirável diante dos poderosos, e as faces dos príncipes admirar-me-ão. | Sb 8, 11. | 309. Encontrarão a minha acuidade no julgamento e eu serei admirável diante dos poderosos. |
310. Eles pararão, quando eu me calar e olharão para mim quando eu falar; e quando eu for abundante em palavras eles meterão a mão sobre as suas bocas. | Sb 8, 12. | 310. Eles esperarão por mim, quando eu me calar, escutar-me-ão atentamente quando eu falar, e quando eu me estender longamente, eles pousarão a mão sobre as suas bocas. |
311. Eu obterei ainda por Ela a imortalidade, e ficarei em memória eterna para aqueles que virão depois de mim. | Sb 8, 13. | 311. Por causa dela eu obterei a imortalidade e deixarei a minha memória sempiterna para a posteridade. |
312. Eu disporei os povos, e as nações ser-me-ão submissas. | Sb 8, 14. | 312. Eu governarei os povos, e as nações ser-me-ão submissas. |
313. Os Reis terríveis temer-me-ão quando me ouvirem; ver-se-á que eu sou bom na multidão, e forte na guerra. | Sb 8, 15. | 313. Quando os Tiranos formidáveis me ouvirem tremerão; ver-se-á que eu sou bom na multidão e corajoso na guerra. |
314. Tendo pensado nestas coisas em mim, e comemorando no meu coração, porque a imortalidade está na cogitação da Sabedoria, | Sb 8, 17. | 314. Tendo portanto considerado estas coisas em mim com o maior cuidado da alma, considerando que a imortalidade está na cogitação da Sabedoria, |
315. E uma boa deleitação na sua amizade, e honras sem deflexão nas obras das suas mãos, e a Sabedoria na evolução da sua linguagem e a grande reputação na comunicação dos seus Discursos. | Sb 8, 18. | 315. E uma boa deleitação na sua amizade e riquezas inesgotáveis nas obras das suas mãos, e a Prudência na sua conversação e no seu colóquio, e a glória na comunicação dos seus discursos. |
316. Bem-aventurado o ser humano que encontra a Sabedoria, e em quem a Prudência se encontra abundantemente. (É preciso dizer: e que difunde a Prudência). | Pr 3, 13. | 316. Bem-aventurado o ser humano que encontra a Sabedoria, e o ser humano que produz em luz a Inteligência. |
317. Melhor é a sua aquisição e o seu fruto que a negociação do ouro e da prata mais excelentes e mais puros. | Pr 3, 14. | 317. Porque melhor é a sua negociação que a negociação da prata; o seu produto é melhor que o ouro. |
318. Ela é mais preciosa que todas as coisas; e todas as coisas que são desejadas não valem ser comparadas com ela. | Pr 3, 15. | 318. Ela é mais preciosa que a pérola e todas as coisas desejáveis por ti não se igualam a ela. |
319. O comprimento dos dias está à sua direita e as riquezas e a glória à sua esquerda. | Pr 3, 16. | 319. O comprimento dos dias está à sua direita, e as riquezas e a glória à sua esquerda. |
320. As suas vias são belas e todas as suas veredas pacíficas. | Pr 3, 17. | 320. As suas vias, vias deleitosas e todas as suas veredas, a paz. |
321. Ela é a árvore da Vida para aqueles que A tiverem abordado; e bem-aventurado aquele que A tiver. | Pr 3, 18. | 321. Ela é a árvore da vida para aqueles que A abordam; e bem-aventurados aqueles que A têm. |
322. (Porque) a Sabedoria abriu a boca dos mudos e tornou eloquentes as línguas das crianças. | Sb 10, 21. | 322. Porque a Sabedoria abriu a boca dos mudos e porque ela tornou eloquentes as línguas das crianças. |
323. Comigo (diz ulteriormente a Sabedoria Ela Própria) está o Conselho e a Equidade; minha é a Prudência; minha a Fortaleza. | Pr 8, 14. | 323. Na minha possessão está o Conselho e a Sabedoria, eu sou a Inteligência; minha é a fortaleza. |
324. Por mim reinam os Reis, e os fundadores das Leis decretam as coisas justas. | Pr 8, 15. | 324. Por mim reinam os Reis, e os príncipes decretam a justiça. |
325. Por mim os Príncipes comandam; e os poderosos decretam a justiça. | Pr 8, 16. | 325. Por mim os Príncipes dominam e os príncipes e os juizes da Terra. |
326. Comigo estão as riquezas e a glória, a justiça e as obras soberbas. | Pr 8, 18. | 326. Comigo estão as riquezas e a glória, as coisas estáveis e a justiça. |
327. Melhor é o meu fruto que o ouro e a Pedra preciosa; e a minha raça, que a prata pura. | Pr 8, 19. | 327. Melhor é o meu fruto que o ouro e o obryzum, e o meu produto que a prata pura. |
328. Afim de que eu enriqueça aqueles que me amam, e que eu encha os seus tesouros. | Pr 8, 21. | 328. Afim de que eu torne aqueles que me amam herdeiros perpétuos, e que eu encha os seus tesouros. |
329. Quem me encontrou encontrará a vida, e obterá a salvação do Senhor. | Pr 8, 35. | 329. Porque quem me encontra, encontra a vida e obtém a vontade de Iahweh. |
330. Mas quem pecar em mim ferirá a sua alma. Todos aqueles que me odeiam amam a morte. | Pr 8, 36. | 330. Mas quem peca contra mim despreza a sua alma; todos aqueles que me têm ódio amam a morte. |
331. Por mim (com efeito) são multiplicados os teus dias, e os anos serão adicionados à tua vida. | Pr 9, 11. | 331. Porque por mim serão multiplicados os teus dias, e os anos serão adicionados à tua vida. |
332. Meu filho, (admoesta de novo paternalmente o nosso Sábio) que estas coisas não se escapem de diante dos teus olhos. Guarda a Lei e o Conselho. | Pr 3, 21. | 332. Meu filho, que estas coisas não se afastem dos teus olhos; guarda a Lei e a cogitação. |
333. E eles serão a vida da tua alma e o adorno do teu pescoço. | Pr 3, 22. | 333. E eles serão a vida da tua Alma e o adorno da tua garganta. |
334. Então tu conhecerás a Justiça e o Julgamento e a Equidade e todas as boas veredas. | Pr 2, 9. | 334. Então tu conhecerás a justiça e o julgamento e as retidões e todas as boas veredas. |
335. Então tu caminharás fiduciariamente na tua via, e o teu pé não se magoará. | Pr 3, 33. | 335. Então tu caminharás com confiança na tua via, e o teu pé não se magoará. |
336. Se dormires, não temerás; tu repousarás e o teu sono será salvo. | Pr 3, 34. | 336. Se estiveres deitado não temerás, quando repousares o teu sono será salvo. |
337. Tu não serás apavorado por um terror súbito, nem pela irrupção das potências dos ímpios. | Pr 3, 25. | 337. Tu não temerás um apavoramento súbito, nem que ele venha pela desolação dos ímpios. |
338. Porque o Senhor estará ao teu lado e cuidará que o teu pé não seja capturado. | Pr 3, 26. | 338. Porque Iahweh será a tua confiança e guardará o teu pé da captura. |
339. A Sabedoria libertou das dores aqueles que a observaram. | Sb 10, 9. | 339. A Sabedoria libertou os seus adoradores dos tormentos. |
340. Honra (portanto) o Senhor com os teus bens e com as primícias de todos os teus frutos. | Pr 3, 9. | 340. Honra Iahweh com as tuas riquezas, e com as primícias de todos os teus produtos. |
341. E os celeiros serão cheios e as prensas regurgitarão de vinho. | Pr 3, 10. | 341. E os celeiros serão cheios até à saturação e as prensas serão cheias de vinho até romperem. |
342. Bebe a água da tua cisterna e o que corre do teu poço. | Pr 5, 15. | 342. Bebe a água da tua cisterna e o que corre do meio do teu poço. |
343. Que as tuas fontes se dispersem para fora; deriva as águas nos lugares públicos. | Pr 5, 16. | 343. Que as tuas fontes derivem para fora e divide as águas nos lugares públicos. |
344. Possui-as sozinho, e que os estrangeiros não participem nelas contigo. | Pr 5, 17. | 344. Que elas sejam só tuas, e sem estrangeiros contigo. |
345. (Porque verdadeiramente) o fruto dos bons trabalhos é glorioso, e a raiz da Sabedoria não acaba. | Sb 3, 15. | 345. Porque o fruto dos bons trabalhos é glorioso e a raiz da Prudência não morre. |
[ Anterior ] | [ Índice ] | [ Seguinte ] |
Início » Textos » Anfiteatro » Prólogo do Sexto Grau