Anfiteatro da Sabedoria Eterna - 18 de Setembro
Versão antiga ou Vulgata | Passagens citadas da Sacro Santa Escritura | Nova tradução dos Provérbios a partir do hebreu, e da Sabedoria a partir do grego |
261. → Envia-a → dos Céus, teu santuário, e → do trono da tua Magnitude, afim de → que ela Seja comigo e Labore comigo afim de que eu saiba o que é agradável para Ti. | Sb 9, 10. | 261. Envia-a dos Céus sagrados, e envia-a do trono da tua glória, afim de que ela trabalhe presentemente comigo, e que eu compreenda o que é agradável para ti. |
- Envia-a - Deus dá e envia a Sabedoria; não o ser humano ou algum livro (humano); ela é encontrada junto de Deus, não dos seres humanos ou de alguma outra criatura, versículos 167 e 187.
Ela é comunicada pela Influência, a Luz e o Movimento do Sol Divino.
Clamemos portanto todos com todo o nosso coração: Céus Divinos, vertam do alto o vosso orvalho, e que as nuvens deixem chover a Sabedoria do Sapientíssimo; que se abra a Terra da minha Alma e que germine o ser humano novo; e que, reformado a exemplo do Protótipo, ele viva na eternidade. - Dos Céus, teu santuário - Moisés, Veracíssimo historiador de toda a Natureza, porque ele foi ensinado e conduzido pela única Veracidade, influência, luz e movimento do Sol da Verdade, diz (Gn 1,1): No princípio criou Elohim, o Céu.
Isto é, propriamente e hebraicamente, segundo a sua natureza e a sua substância, a denominação da palavra Schamaim, como EschVaMaim; Fev e Eav, Fogo Aquoso ou Água Ígnea, em grego Aithêr; Éter, como aithaêr, de aithô, eu ardo e aêr, espírito; Espírito Ardente: Uma água igni-espiritiforme; um espírito aero-igniforme; uma Água-espírito igniforme.
(Ein Geistfewriges wasser; Ein Wasseriger feweriger Geist; Ein feweriges Geistwasser) Um Látex Etéreo, quer dizer tudo de que Aristóteles troça ineptissimamente ao retomar os outros, afim de estabelecer as suas próprias falsidades sobre a eternidade do mundo.
Isto, Elohim distribuiu-o triplamente na Universalidade dos mundos.
Primeiro, Inferiormente; ele infundiu-se na Terra e na Água, de modo que foi não somente a sede e o veículo da Alma do Mundo (Anima Mundi), mas ainda o Médio que conjunta e o Liame que faz copular e une os dois extremos que são: a Matéria primeira e a Forma, quer dizer Hyle e a Anima Mundi, a Natureza, Ruach Elohim; como se pode ver nos versículos 162 e 187 e nas questões 5 e 6 da terceira parte deste Anfiteatro.
Todo o globo inferior está cheio de Schamaim, Céu ou Espírito Etéreo; porque ele penetra em todos os corpos da massa sublunar; ele é difuso por e em Todas as Coisas pela vontade de Deus; e não se encontra nada (a Experiência atesta-o), em toda a esfera das Terras e a circunferência do Oceano, que esteja privado da sua centelha.
Este misto habita, encontra-se e reside nos Elementos e nos seus frutos; ele está lá coagulado e congelado, e mesmo fixo em alguns.
Isto é o Fogo Gigante da Natureza, que prova todas as coisas, que se liberta Físico-Quimicamente das ligações das coagulações e das fixações e se resolve em Espírito, tornando-se visível e expondo-se a todos os sentidos; em separando-se das superfluidades às quais se encontra misturado, ele apura-se e restitui-se à sua liberdade primordial.
É o Céu Inferior Primeiro, cuja centelha é o Alcool vini que é Espírito, Água e Fogo.
Em todas as coisas que se podem examinar, os Laboratórios dos Físico-Químicos manifestam e exibem Schamaim ou o Céu, por um artifício de modo algum desconhecido dos Fisicosofistas.
Mete um travão à tua língua petulante, sofista que lês ou ouves isto; e recorda-te (antes de seres retomado) de estudar Físico-Quimicamente; com receio de que não digas um dia (o que não é de um sábio): Eu não o sabia.
Não tenhas vergonha de seres um carvão, porque Deus o mesmíssimo não ficará vermelho, no tempo do julgamento final, de ser o Fogo no qual os Céus se abismarão num cataclismo imenso, pelo calor do qual se resolverão os Elementos e consumirá a Terra e todas as obras que estão nela (2Pd 3, 10).
O Mundo é Julgado hoje Físico-Quimicamente pelos filósofos; mas será Julgado Teosoficamente pelo Fogo no dia final, por Deus ele mesmíssimo.
Segundo, Superiormente, não misturado com os Elementos e as suas impurezas, mas por e em si (animado contudo pela Natureza) ele congelou, solidificou, constituiu e formou o corpo duro e sólido, quer dizer consolidou-o.
Porque os Céu são consolidados pelo Verbo do Senhor e do Espírito da sua boca (Ruach Elohim, a Emanação Divina, versículo 137), vem toda a virtude deles (Sl 33, 6). O espírito dele ornou os Céus (Jó 26, 13).
Porque Deus disse (Gn 1, 6): Que seja feita Rachia (quer dizer a extensão ou a expansão sólida, firme e compacta); de onde os Latinos fizeram o Firmamento; os Germanos disseram muito bem: Eine Veste (uma cidadela, um forte, firmamento); porque este é mais duro e mas durável que o que se possa imaginar em bronze ou em diamante; Os Céus solidíssimos foram fundidos como o bronze (Jó 37, 18); é por isso que o firmamento não sofrerá diminuição, nem pelo calor da sua luz ou do seu fogo, nem pela velocidade do seu movimento, e ainda menos será ele consumido antes que venha o dia muito novo do Senhor.
Iahweh estendeu os seus Céus (Is 44, 14 e 45, 12). Que estendeu os Céus como uma coisa ínfima e lhes deu a expansão como um tabernáculo para habitar (Is 40, 22).
Particularmente (Is 34, 4): E secará, diz ele, toda a milícia (ornamento) dos Céus, e os Céus se Dobrarão (Complicabuntur), (Werden zusammen, quer dizer, eles ficarão aproximados em conjunto por um rolamento) como um Livro (Liber), quer dizer a casca interior aderente à madeira, segundo o segundo sentido da palavra latina Liber; e toda a milícia deles cairá (como cai a folha da vinha e da figueira), no meio das águas (em qualquer interstício e separação entre as águas), e dividirá as águas com as águas: E Deus fez o Firmamento (de tal forma que ele esteja como uma abóbada (fornix) muito firme que Deus elevou contra as águas e pela qual ele as reteve na sublimidade), e ele dividiu as águas que estavam sob o firmamento daquelas que estavam sobre o Firmamento.
E isto foi feito assim. E Deus chamou ao Firmamento (Rachia, Extensão, Expansão) Céus (quer dizer Schamaim; da Natureza e da Substância das Águas ígneas; da mesma forma que Rachia é tirada da quantidade e da qualidade externas quer dizer da extensão e da firmação da matéria).
Ninguém portanto duvidará agora que as Águas verdadeiras estejam acima do Firmamento. Águas que estais acima dos Céus, abençoem o Senhor (Dn 3, 60).
Tu que estendes o Céu (Schamaim, chamado Firmamento) como uma tenda; que cobres com as Águas as suas partes superiores (a superfície mais afastada), Salmo 104, 3 (vulg. 103, 2 e 3).
Louvem o Senhor, Céus dos Céus; e que as Águas que estão acima dos Céus (quer dizer o primeiro e o segundo) louvem o Nome do Senhor (Sl 148, 4).
Compete-nos a nós procurar Teosoficamente quais são estas Águas Supracelestes; qual é o seu género, a sua substância e a sua natureza.
Ensinado e guiado pela Influência, a Luz e o Movimento do Sol Divino, eu digo portanto, em nome do Senhor, que as Águas Supracelestes são de um só e mesmo género de substância, do qual era este Látex Etéreo queimando incombustivelmente e encontrado no tempo dos nossos pais, em Pádua na Itália, dentro de um monumento vetustíssimo, dentro de uma úrnula de argila que continha duas ampolas, uma de ouro e a outra de prata; cuja virtude deste puríssimo licor manteve uma lâmpada durante vários anos, como anotaram nas suas coleções de inscrições antigas, Pedro Apianus e Bartolomeu Amantius.
Ermolao Barbaro recorda igualmente esta coisa no corolário sobre Dioscórides, onde trata das Águas em geral: «Ela é, diz ele, uma Água Celeste, ou antes Divina dos químicos, que Demócrito e Mercúrio Trismegisto conheceram, e que é chamada às vezes Água Divina, às vezes Látex Cítico, às vezes pneuma, quer dizer Espírito da Natureza do Éter, e Essência Quinta das coisas; é por isso que o Ouro potável e essa tão ridicularizada Pedra dos Filósofos que ainda não foi encontrada (pelos Quimi-Sofistas, eu imagino, de que todo o mundo está cheio, e que nunca será encontrada por eles; o contrário é suficientemente demonstrado pelos Teó-Sofos, neste Anfiteatro), e que não custa mais que a areia.
É ainda este mesmo género de látex, como eu penso (continua sempre o mesmo), que significa o Epigrama encontrado muito recentemente no território de Pádua, perto da pequena praça forte de Este; este monumento de tijolos e portanto muito frágil foi quebrado pela imprudência das mãos rústicas e dispersado no chão.
Eis este Epigrama, no gosto dos muito antigos Pagãos, e que é reportado por Conrad Gesner, médico de Zurique, na página 5 do seu livro das Ervas Lunares e das coisas que brilham à noite:
Não toquem, escravos, no presente sagrado de Plutão;
O que está dentro da urna é ignorado por nós.
Porque Maximus Olibius fechou neste modesto vaso
Os Elementos digeridos e ordenados por um grave labor.
Que aquele que é o seu guardião use de uma tal abundância
Afim de que a recompensa de um tão precioso látex não seja perdido.
Dentro desta urna, uma outra úrnula foi encontrada com a inscrição destes versos: sobre os quais consulta também o Prefácio do Livro dos Remédios secretos, de Evonymus Gesner Philatrus:
Afastem-se daqui, miseráveis criados.
Que procuram vocês com os vossos olhos curiosos?
Longe daqui com o vosso Mercúrio de pétaso e de caduceu;
Este dom muito grande e sagrado foi feito pelo muito grande Plutão.
É assim mesmo.
Um velho autor confirma-nos a verdade desta água, no Apocalipse do Espírito do Mundo Secreto, afirmando santamente entre outras coisas, que este Espírito (Schamaim, Céu) etéreo, existente no corpo aquoso mais que perfeitamente glorificado, que arde sensivelmente numa lâmpada habilmente construída, sem nenhuma diminuição ou consumação de si própria, perpetuamente.
Na nossa época igualmente, encontrou-se em antros muito antigos da Germânia Inferior e da Grécia, semelhantes lâmpadas, ardendo perpetuamente sem efusão de alimento novo, pelo látex etéreo, de muito suave odor, como nós sabemos que as histórias e os homens dignos de fé o atestaram.
A condição do Fogo deste látex supra-Celeste é tanto e tão admirável e mesmo quase sobre-Natural, que ele arde num vaso muito exatamente fechado, e que a sua chama se apaga pelo e no nosso ar, quando o vaso é aberto.
Es ist gar ein ander wasser und fewer als unsere gemeine wasser und fewer, quer dizer: é uma água e um fogo de uma natureza muito diferente da nossa água e do nosso fogo comuns.
É por isso que os Filósofos Físico-químicos nos dizem: A nossa água é um fogo (porque Schamaim é formado por água ígnea Supra-Celeste) que consome mais ardentemente os corpos que o nosso fogo vulgar.
O Criador Elohim Omnipotente ordenou e concedeu de encontrar esta água realmente admirável e mirifica (a quem? unicamente ao Sábio; e nunca aos Fisicosofistas) mesmo nesta região Elementar.
E onde portanto verdadeiramente? Na Única, certo, e só Mina da Sabedoria, esta Magnésia dos Sábios, que é a Matéria devida e verdadeira da Pedra dos Filósofos; na qual Iahweh Deus não só pôs e sabiamente reservou o Céu, mas ainda a Terra e a Água, quer dizer a matéria prima ou a semente de todo este Mundo, no estado primordial católico cuja existência durou até este dia, a centelha Católica animada pela Alma do Mundo (fig. 3 deste Anfiteatro, quest. 7), de tal modo que, em e pelo sujeito Macro-Cósmico catolicamente sinóptico, em preparando Físico-Quimicamente, e mesmo em tratando Cristiano-Cabalisticamente, será revelada e indicada a cognição do Criador e daquele que ele enviou, Jesus Cristo crucificado; da Natureza e de toda a Criatura, e por conseguinte (porque é conforme com a verdade), daquelas que estão por cima do Céu (a saber o primeiro e o segundo), quer dizer das Águas Supra-Celestes, Schamaim, das Águas Ígneas ou do Terceiro Céu, tabernáculo de Deus e santuário dos Anjos; e mesmo a cognição de si próprio; e será assim revelado ao Teó-Sofo pelo Livro da Natureza sinopticamente Católico, quanto é admirável a Sabedoria, o Poder, a Bondade do Criador.
Eu poderia aqui facilmente mostrar suficientes causas da Utilidade da Pedra Filosofal, Cristiano-Cabalisticamente Divina (fig. quarta deste Anfiteatro, onde é tratado o Urim e o Thumim), se fosse fasto quebrar o selo celeste da oculta revelação e divulgar os mistérios de Deus.
Que seja suficiente aos filhos da Doutrina (à Meditação Teosófica de quem eu sou mesmo do parecer de deixar qualquer coisa) que eu mostre presentemente e que este Anfiteatro ensine em várias lugares (porque não se adequa ao Teósofo filosofar demasiado, não apenas sobre a Utilidade dos Céus, mas também sobre a sua Substância, Essência e Natureza) que as Águas Supraceleste (que devem ser encontradas pelo Sábio na natureza das coisas inferiores) são puríssimas, subtilíssimas, ígneas, lucidíssimas, mais que perfeitas e por essa razão incorruptíveis, perpetuamente fixas em si, quer dizer permanentes; no entanto líquidas e fluidas, inflamáveis, pouco combustíveis; a Utilização que se pode fazer delas é tal que elas são e constituem Schamaim ou o Terceiro Céu, na região supersuprema, que é de água na superfície mais aproxima de nós, e de fogo na mais afastada; é um fogo flagrante, uma água ardente.
Que significa isto? Isto significa que se a Água tão nobilíssima existe, contra a opinião e a ideia comum, nestas, quer dizer as coisas inferiores (embora que só no Macro-Cosmo sinóptico católico) e que o fogo aquoso tão admirável, de substância e de Natureza supraceleste é encontrado neles Sabiamente pelo único Sábio, quanto mais deve ser na região supersuprema, quer dizer acima do Firmamento, no Mundo (devido ao uso Divino acima citado) hiperfísico.
Se não fosse assim, a Mina da Sabedoria não representaria por uma imagem real o Macro-Cosmo Católico.
Que nunca, entre os Físico-Químicos Sábios, seja pensado, ainda menos estabelecido ou ensinado o contrário.
Eu Prossigo: Nos Céus, pela virtude e como por uma certa preensão ou beber (cochlea) do Verbo de Iahweh, na sublevação e (como está dito) a constituição do Firmamento, em breve, imediatamente e no momento, existiu ao mesmo tempo um certo grande e elevado intervalo entre o Céu e a Terra que é chamado Locus; porque tal como não há montanha sem vale, nem mãos que, estando anteriormente juntas, sejam afastadas em seguida e separadas, sem que haja espaço mediano entre elas; do mesmo modo o Céu e a Terra não podem existir sem este interstício e esta distância, desde que foi realizada a sublimação da sua separação, dedução e secreção mútua.
Ezequiel 8, 3: O Espírito elevou-me entre o Céu e a Terra.
É necessário que, primitivamente, este lugar estivesse inteiramente Vazio, e que em seguida fosse preenchido pelos humores aquosos, os vapores e as exalações que se evaporam continuamente cada dia da região inferior (que são as matérias dos diversos meteoros) e que tendem para a região superior e mesmo pelos inúmeros corpos terrestres visto que eles aí residem, crescem em comprimento e em largura, aspiram e se movem.
É o admirável Laboratório Macro-Cósmico perpétuo, católico, do Deus admirável, onde a Natureza está presidente e laborante.
Deus diz para além disso: Que sejam feitas as Luminárias no Firmamento do Céu, (quer dizer Rachia Schamaim na expansão do Céu, ou do espírito etéreo aquoso, firmado) e que elas dividam o dia e a noite; e que elas sejam os sinais dos Tempos; e dos dias, e dos anos: afim de que brilhem no Firmamento do Céu, e iluminem a Terra. E foi feito assim. E Deus fez duas grandes luminárias; a grande luminária afim de que ela presidisse ao dia, e a pequena luminária afim de que ela presidisse à noite e às estrelas. E ele colocou-as no Firmamento do Céu, (quer dizer em Rachia, extensão ou expansão de Schamaim firmada) afim de que elas brilhem sobre a Terra e presidam ao dia e à noite e dividam a luz e as trevas.
Nota: Como os Astros são insígnias (em hebreu Aot) quer dizer sinais que indicam, e quase um Alfabeto no tomo do Livro Celeste do Mundo Maior, pelos quais Deus (que paternalmente cuida de nós) nos fala de variadas e grandes coisas, e mostra-nos, anuncia-nos e prediz-nos as coisas que são e que devem ser, antes mesmo que ocorram, isto eu te ensinarei mais amplamente noutro lugar (Deus mo conceda). Ver os versículos 35 e 353.
Aqui está o Céu Segundo, Sublime, a Região verdadeiramente etérea. Aqui se encontram o Sol, a Lua e as Estrelas; que são com efeito os seus astros, Primeiro e inferior (à sua maneira); o que sabem e atestam os Sábios.
Eles movem-se um e o outro com um movimento harmónico ou simpático (um em direção ao outro), o que é inferior como o que é superior, e vice-versa. É este movimento que persuade a certeza (como eu disse) das indicações. Deus é Admirável nas suas Obras.
Sumário: Todas as Coisas confluem, conspiram, acordam-se em conjunto, Micro e Macro-Cosmicamente. Por fim, o Firmamento do Céu, segundo o testemunho de Isaías 51, 6 (as ligações das coagulações sendo quebradas pelo Fogo) se liquefará como um fumo, porque será reduzido àquilo que ele era antes da sua congelação, solidificação e firmação, quer dizer será livre Espírito.
Terceiro, Supra-Superiormente, acima de Rachia Schamaiam, quer dizer o Firmamento do Céu, ele não misturou Schamaim aos Elementos (como no Primeiro) e ainda menos o sujou com os seus excrementos e superfluidades nem o congelou e o firmou num corpo sólido (como no Segundo); mas (pela sua virtude Omnipotente) nos mais-que-perfeitos por e em si, ele constituiu as Águas Supracelestes tais como nós as descrevemos um pouco adiante, e Permanentes perpetuamente; e ao manifestar o fogo delas, sempre ardentes na superfície extrema, sem consumo delas próprias, e brilhando com uma luz candidíssima nunca escurecida por nenhum fumo: Aqui, é o Céu Empíreo, lucidíssimo; e mesmo a Luz inacessível que (como um lugar consentâneo com a Divindade) Deus habita (1Tm 6, 16).
É por esta razão que Platão aprendeu dos Brâmanes das Índias que a Quinta-Essência da Divindade reside Divinamente e estabeleceu a sua residência na Essência ígnea.
É talvez também porque, na acepção de S. Tomas de Aquino (apesar do autor da Aurora dos Filósofos pensar o contrário, cap. 19) que ele diz sem nenhuma blasfémia que Deus e os seus Anjos não podem ter falta do fogo da água ardente mas que eles a usam diariamente.
Ele não pode ter falta porque ele não a quis: ele quis, pelo contrário, usar Soberanamente, Superiormente e Inferiormente, para sede e trono da sua majestade, e para Mediador conveniente aos seus usos variados.
Agradou assim ao Senhor; que assim te agrade a ti também.
Aqui é o Céu ou os Céus (Schamaim) dos céus (Dt 10, 14; 2Rs 8, 27; Sl 115, 16; Na 9, 6), o Terceiro com relação aos outros dois o inferior e mais inferior ainda; e no qual S. Paulo (2Cor 12, 2), atraído pelo Imã (magnes) Divino foi arrebatado em Espírito; no qual ele ouviu as palavras misteriosas que não é permitido ao ser humano dizer; é o Imenso, o Mais elevado, (Dt 4, 32), o Último porque a Sacro Santa Escritura não menciona outro ulterior ou superior.
Agiastêrion, quer dizer santuário dos nossos Anjos, que vêem continuamente a face de Deus nosso Pai (Mt 18, 10). É o Paraíso da felicidade suprema, a Sede e o Trono dos espíritos bem-aventurados.
Ó dia de alegria (para me servir cristãmente das palavras de Cícero, Tratado da Velhice) quando eu for para este concílio e esta assembleia das almas! Qual? No alto, no Céu onde está o Senhor Deus (Hv) Ele Próprio (Dt 4, 39).
Para o qual e acima do qual N. S. Jesus Cristo crucificado subiu no quadragésimo dia após a sua Ressurreição, upsêloteros ouranôn, que foi elevado acima dos Céus (Hb 7, 26). Que subiu acima dos Céus (Ef 4, 10). Que reside à direita de Deus o Pai, de onde ele virá (At 1, 10; Mt 26, 64), julgar os vivos e os mortos (Mt 25, 31; At 10, 42), e o mundo pelo Fogo (Is 66, 15; 2Pd 3, 7).
É destes mesmos Céus Santos (Sl 102, 20; vulg. 101, 19) nos quais o Senhor Deus o Mesmíssimo se levantou (Dt 4, 39; Js 2, 11; Eclo 5, 1); deste Santuário, deste magnífico habitáculo dos Céus (Dt 26, 15; 2Cr 30, 27); deste Santo, desta Sede da sua glória (Is 63, 15), desta santa Residência (Br 2, 16), deste santo Templo da sua glória, do Trono do seu reino (Dn 3, 53), que o nosso Real Teósofo pediu a Iahweh que lhe enviasse a Sabedoria; é deste Mesmo Céu que nós pedimos no nosso Oratório Teosófico, em Espírito e em Verdade, que ele a envie para nós verdadeiramente de um modo Teo-Sófico.
Corolário: Schamaim, quer dizer o Céu, claramente explicado pela nossa Doutrina ensinará muito salutarmente de onde provem a Luz (em Hebreu Aor) (Gn 1, 3), Fomentadora do esplendor e da iluminação, e mesmo (pelo seu modo de disposição) do Dia, versículo 139; ele te ensinará também como das Trevas (2Cor 4, 6) (porque Schamaim ou o Céu, e por conseguinte o Caos universal devido à sua Luz ígnea interna ainda não Divinamente manifestada, era tenebroso e não visível) pela força Divina recebida, constante e firme, resplende (não de uma forma diferente daquela em que se manifesta num lugar tenebroso o fogo que provem do Espírito do vinho) e nasceu o Dia, sem o qual o Universo, essa Obra imensa de Deus, por causa dessa ausência ou dessa falta de Luz, teria ficado obscuro e ignorado por nós; como cada dia trabalha naturalmente e se manifesta pela sua arte, Vr ou o Fogo, o qual não pode existir sem calor, e que pelo seu Efeito, exibe e demonstra continuamente o Calor; ele que está certamente em todas as coisas (porque em todas as coisas existe verdadeiramente Schamaim animado pela Natureza) o guardião de toda a Forma e de toda a Espécie, o estimulante, o Princípio Natural e Artificial, Orgânico (tanto internamente como externamente) e impulsivo ou motor (kinêtikon) ou operador (energêtikon) constituído por Deus, das Forças Naturais nas causas das ações e de tudo o que deve ser produzido e dirigido; e nas coisas da Alma à qual (por meio de Schamaim) ele dispensa multiformemente os seus Dons (visto que ele os contém por intermédio de uma obstetrícia fiel, à qual ele é Micro e Macro-Cosmicamente atribuído; Porquê, ou por que motivo o Calor é e é dito Divino, Celeste, Elementar, Natural, naturado (insitus) ou inato, reportando-se em certa proporção ao único calor dos astros, de onde as ações dos seres humanos (Dele Próprio) são tão diversas; Em qual sentido (de modo nenhum vulgar, atribuindo a cada um o que lhe é devido) deve-se interpretar estas frases dos Filósofos: O Céu é animado; ele age nas coisas Inferiores pela Influência, a Luz e o Movimento; o Céu é a principal causa pela qual os Elementos, apesar de terem natureza contrária uns dos outros estão misturados e conjugados juntos; ele está em relação com a matéria prima como o homem com a sua esposa amada; ele agarra-se poderosamente às coisas inferiores; ele cria os Corpos inferiores na Terra não de forma diferente ao Macho que transfusa a sua semente na fêmea; ele é o autor (parens) de todas as coisas; ele é o Instrumento pelo qual Deus age em nós; ele é a causa de tudo o que é criado; ele comunica a Forma e a Espécie, que ele introduz na matéria preparada; ele governa todas as coisas que contem este mundo; ele fecunda as sementes; toda a fecundidade é espalhada pelo Céu; e todas as Outras Frase semelhantes a estas; Então Tu Poderás Retamente Filosofar Sobre Os Segredos Da Natureza.
Quem bem distingue, bem ensina e bem aprende. - Do trono da tua Magnitude - O Senhor diz (Is 66, 1): O Céu é a minha residência e a minha sede. Salmo 103, 19: O Senhor preparou o seu trono no Céu. Salmo 123, 1: Eu levantarei os meus olhos para ti, que habitas nos céus. Salmo 10, 4: O Senhor tem o seu trono no Céu. S. Mateus 6, 9: Pai nosso que estás nos Céus.
Notar: Do trono da celsitude Divina, nada provem que não seja Divino, que não seja eterno; portanto a Sabedoria (Emanação Divina, versículo 137) não é criada, não é formada, de modo nenhum nascida ou feita à maneira das criaturas, mas gerada pelo Pai Divino Eterno, Divina, Eterna; de forma que vale mais crê-lo Cristãmente, por uma Alma fiel, do que tentar compreendê-lo com uma imaginação fanática. - Que ela seja comigo, etc. - Afim de que o Espírito Familiar me assista, versículo 223.
Reza a Deus Altíssimo, Ó Tu que desejas chegar ao fim desejado da tua Obra Físico-Química, afim de que te assista o bom Espírito de Assistência e que não somente ele guarde muito fielmente a tua obra do muito obstinado inimigo diabo, autor de toda a confusão; mas ainda que ele te exorte também a Laborar sabiamente; e que ele te afaste do que te poderia trazer algum dano à tua obra, com receio de que tu faças algum erro.
Não se deve certamente considerar como pouco, que ele presida ao Laboratório dos Sábios; mas é necessário entrar respeitosamente no Agiasterium e trabalhar assim sob a sua direção, com receio de que tu ofendas o teu bom génio que te guarda, a Ti e à tua Obra.
Os Porcos mundanos não me compreenderão; apenas os Filósofos compreenderão o meu espírito e o meu sentido e seguí-lo-ão.
Afim de que o Espírito de Assistência seja meu, que ele Ore comigo; que ele Labore comigo; que ele institua sabiamente, dirija, disponha, adjuve, amplifique, abençoe e torne feliz a minha Alma, o meu Intelecto, a minha Razão, as minhas Cogitações e os meus Sentidos e as minhas Ações e todos os meus Labores, versículos 28, 145, 158, 181 e 292.
Este é o grande mistério, Misterium Magnum, observado por muito poucos, sem o qual nunca, tu que te consideras como cristão, terminarás a Pedra dos Filósofos (apesar de, em e pelos Princípios Naturais, segundo o Método Natural tu te dirijas artificialmente e retamente em direção ao fim desejado), versículo 132.
Sê-o pela vida e pelos atos, tu que queres ser estimado, dito e ser Filósofo cristão.
É um Dom de Deus do qual Hermes e os outros tiveram o segredo por inspiração Divina; quem se tem imperturbavelmente Macro-Cosmicamente no Corpo, no Espírito e na Alma: para o qual, afim de que ele se espalhe Micro-Cosmicamente sobre nós, é necessário Orar Teosoficamente de Corpo, de Espírito e de Alma segundo as Leis da Doutrina deste Anfiteatro, e penar e laborar Cabalisticamente, Magicamente e Físico-Quimicamente.
Afim de que Iahweh Tri-um, cooperando Contigo-Próprio tri-um, e com os teus Trabalhos, seguindo-te na Obra Físico-Químico-Triuna-Católica, julgue digno de te inspirar, de te cumular com os seus dons, de te conceder de bem querer, conhecer, ser e poder, recorda-te que é necessário operar Teosoficamente.
Que aquele que pode compreender que compreenda; eu disse bastante.
Observa: As Ciências e Artes excelentes são às vezes nomeadas Incertas, não porque elas sejam incertas, por e em si próprias, ou porque às vezes aqueles que presumem tratar delas por si próprios as conheçam mal; mas porque a Vontade de Deus Falta aos artesãos operadores.
Em Deus residem todas as bênçãos. O ser humano deve obter a felicidade de Deus: An Guttes S.gea ists alles gelegen. Man musz auch das Gluck von Gott haben.
Porque é que então, eu pergunto-te, porque é que o omnipotente Iahweh, se ele te pode punir com a sua maldição Divina, ou te retirar (devido ao pecado) este seu dom, ou te privar dos tesouros e dos frutos da Sabedoria, porque, pergunto eu não poderia ele que tudo criou, que interverte quando ele quer, a ordem da Natureza, do mesmo modo como quando ele parou o Sol no meio do Céu segundo a vontade de Josué e o impediu de descer durante todo o espaço de um dia (Js 10, 13).
Ao pedido de Ezequiel, Deus reduziu a sombra pelas linhas pelas quais ela descia já para o relógio de Acaz, retrogradando de dez graus (2Rs 20, 11).
Os Três Homens Hebreus, Sadrach, Mesech e Abdenago, enviados para o meio da fornalha (Babilónica) de fogo ardente, não foram tocados pelo fogo (Dn 3, 21 e seguintes).
E tudo isto ocorreu pelo Deus omnipotente que tem a Natureza na sua mão Omnipotente, e a governa como ele quer.
É necessário portanto obter de Deus o Querer por nós.
É o que quer dizer esse grande conde Pico della Mirandola (apesar de por esta frase ter sido atormentado por um certo homem de grande autoridade) quando ele proclama: É em vão que procurará na Natureza, aquele que Pã (quer dizer o Deus de toda a Natureza) não tiver atraído.
O que se pode fazer, Teo-Soficamente no Oratório, Deus ajudando, segundo as leis e a doutrina deste Anfiteatro. Ver o versículo 190.
Sumário: As Ciências e as Artes mais secretas são e permanecem incertas, se, pela virtude da mais nobre operação juntada e subdelegada pelo Altíssimo, se por fim pela Virtude Divina elas não são animadas e fortificadas. É o que diz ainda Salomão (versículo 329), quando ele ordena de receber a vontade do Senhor e de habitar com a Sabedoria, versículo 300.
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