Anfiteatro da Sabedoria Eterna - 15 de Março
Versão antiga ou Vulgata | Passagens citadas da Sacro Santa Escritura | Nova tradução dos Provérbios a partir do hebreu, e da Sabedoria a partir do grego |
74. É portanto a vocês, ó Reis, (proclama aqui outra vez, e não sem propósito o nosso Sábio), que se endereçam estes meus discursos → afim que vocês aprendam a Sabedoria e que vocês não a percam. | Sb 6, 10. | 74. A vocês portanto, se dirigem estes discursos, → ó tiranos, afim que vocês aprendam a Sabedoria e que vocês não a ofendam. |
- Ó Tiranos - Ele chama Tiranos, aos Reis e aos Príncipes, com boa razão.
Turannos, Senhor ou Rei; como diz Trogus-Pompeius: «Chama-se-lhes Reis em consideração da grandeza da sua majestade, e eles são colocados entre os bons pela sua moderação provada; chama-se-lhes Tiranos em consideração da sua força». Turannéô, eu reino.
Como nesta passagem de Euripides: «Os Reis tornam-se sábios pelo convívio com os sábios».
Assim, este nome, nos antigos, não era mais uma fórmula de repreensão ou de inveja que o de Rei.
Posteriormente, é verdade, a malícia cresceu, quando os Reis soberbos começaram a reinar, o nome de Tirano apenas foi dado aos que dominavam, não pelo direito e pelas leis equitativas, mas pela violência e pelas inclinações da sua alma, de modo que a sua crueldade fez com que este nome tenha adquirido má fama. Versículo 64.
O texto grego chama-lhes Basileis, quer dizer Reis. É preciso entender não somente os Magistrados Políticos mas também (como já foi dito) inclusivamente os Eclesiásticos e os Escolásticos. - Afim que vocês aprendam a Sabedoria - Aprendam, assim como convém a verdadeiros Filósofos, a Sabedoria Verdadeira, porque (isto é certo) a maior parte de vocês gira nas vias do labirinto das vossas Ciências e das vossas Artes (que são pequenos riachos dos Dons e dos Bens da Sabedoria, em vez das próprias Ciências e Artes) e ficam nos vestíbulos, e como se na casca em vez de entrarem na noz da Sabedoria, ou a Própria Sabedoria;
Aprendam-na portanto, com receio que prestem homenagem às servidoras de Sofia e às suas Virgens concubinas apenas duma forma rudimentar, em vez de beijarem Teosoficamente os suaves lábios delas com o beijo da teoria e da prática;
E mesmo com receio que vocês as pisem com os pés, que vocês as golpeiem diabolicamente com o raio de um anátema (com um abuso que as ofenderia) ou que vocês condenassem anticristãmente as suas fiéis servidoras cristãs. Ver versículo 113.
Aquilo de que a maior parte dos nossos antepassados se queixaram, e nós próprios nos queixamos, e muitos se queixarão depois de nós, é de ver derrubado o Sábio modo de filosofar dos Cabalistas e dos Magos, quer dizer dos Sábios; e de ver reinar os sofistas, e de ver os Sábios deste mundo imundo, todos insensatos, cairem cada vez mais baixo em todos os crimes, e levarem com eles para a morte (ó Deus!) os que os seguem.
Ver o versículo 112 e alguns dos seguintes. E também, 28 e 187.
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