Anfiteatro da Sabedoria Eterna - Apêndice Prancha 3


PRANCHA 3


A PEDRA FILOSOFAL

(ALQUIMIA)

O ser humano, instruído sobre o seu dever (prancha 1), regenerado (prancha 2), voltou os seus olhos para a natureza; foi até ela, e como levava em si a luz perante a qual toda a resistência desaparece, tornou-se proprietário da pedra, mestre da matéria, distribuidor da vida; é o que ensina esta terceira figura.

Ele realiza ao seu redor o bem macrocósmico, ele não é mais um estrangeiro, um turbulento, um inimigo para a natureza; é pelo contrário uma ajuda, um aliado poderoso, mesmo um mestre ao qual ela obedeceria se ele comandasse, mas ele não tem sequer de usar esse direito porque o seu espírito e o da natureza agem em uníssono na harmonia das leis estabelecidas por Deus: O fogo do artista, diz Khunrath, fecundado pelo fogo celeste, penetra e faz amadurecer todas as coisas e a natureza rejubila com esse despertar; ela fica toda disposta para a atividade. (Do verdadeiro atanor).

Livre, voluntariamente unido às leis da matéria, rei e modelo simultaneamente dos seres que o cercam, o amam, e voam para ele, ele realiza, verdadeiramente, o ministério do Homem-Espírito.

Obras de L.Cl. de Saint-Martin: O Ministério do Homem-Espírito.


A TÁBUA DE ESMERALDA

(Introdução à 4ª figura)

O resumo de toda a sabedoria antiga, a expressão mais sintética da ciência hermética, lê-se na tábua de esmeralda, que encontra naturalmente o seu lugar aqui como introdução à quarta figura, e como uma espécie de enunciado dos mais elevados conhecimentos.

Como um rochedo, a verdade sai da terra diante do sábio; ela absorve-o, ilumina-o de tal forma que ela fica nele e ele nela: o seu olho, no cume onde ele chegou, abraça o todo, e mais nenhum conhecimento especial é necessário ser adquirido. "Nada é mais subtil, nada é mais rápido do que a sabedoria. É esse o sol invisível que ilumina os sábios, luz na qual estão inscritos os projetos de Deus." (De igne magorum). Aquele que Deus elegeu para esta graça, que a obtém, como chamá-lo? Rosa cruz, teósofo, adepto? Seria bem pouco; estes nomes foram usados em tantas situações! Santo de Deus, amigo de Jesus Cristo, luz do céu? Também não; nenhuma palavra poderia exprimir o que é então um tal ser.

Obras de L.Cl. de Saint-Martin: Os Números.


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