Teosofia Prática – Do regresso ao Egito

  1. A primeira consiste nisto: Quando a alma é expulsa da casa de escravidão pelo Espírito deste mundo, e é colocada na pobreza crística para trabalhar nas vinhas do Senhor, para saciar a sua fome terrestre com as promessas divinas, imaginar, formar e criar com a ajuda de seu fiel auxiliar e prometido, Jesus, pela oração, a fé e a súplica, a satisfação das suas necessidades no céu interior, para que o mesmo aconteça na terra e lhe seja enviada a ela por corações piedosos e benfazejos:
  2. Então, ela regressa ao Egito pela razão terrestre, e aceita, apreende e assimila o que ela recebe no CASUAL como sendo um envio divino e não como sendo uma provação diabólica;
    ela não ora com aplicação, ao invés de temer o tentador e se manter exatamente no caminho de Cristo.
  3. Assim, muitas almas valentes foram enganadas, que depois choraram e se lamentaram amargamente: “Ah! se eu não tivesse confiado nisso, infelizmente! se eu tivesse sido fiel!" mas o mal está feito e não há mais nada a mudar.
  4. Porque a Virgem celestial então fecha-se no seu CENTRO e deixa a alma bater à porta e esperar em vão.
  5. E apesar do entendimento ter recebido um raio da luz divina, por forma que concebe os MISTÉRIOS e que a sua boca consegue discorrer acerca deles, o poder imaginativo, formativo e plástico foi-se;
    e só resta um barril vazio.
  6. O Diabo também apela para o amor de Deus;
    mas toma cuidado para que ele não te engula e se apodere da tua casa, porque ele está muito ansioso por tê-la.
  7. E quando ele regressa a qualquer lugar, ele traz consigo sete espíritos, mais maus do que ele, e ele liga a tua alma e o teu temperamento nas sete formas da Natureza, por forma que depois tu não te escapas facilmente.
    Portanto, conserva aquilo que tens.
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