Teosofia Prática – Dos dois fogos
- A Escritura revela-nos dois tipos de Fogos: um divino, aceso no céu;
e um outro, estrangeiro, iluminado na Natureza terrestre e nos elementos inferiores, pela mão do ser humano. - Os sacerdotes do templo exterior costumavam manter aceso este último com madeira:
mas Deus não aceitou a oferenda deles e confundiu-os com a sua cólera. (Números 16). - Aí está uma imagem muito bela dos dois fogos espirituais que estão em nós, o fogo do Amor e o fogo da Cólera:
aquele é o fogo sobrenatural de Deus, que desce do céu interior;
este é o fogo natural da propriedade da criatura no corpo e na alma, excitado pela má convulsão. - Eles não são mais do que um único fogo, e não se diferenciam a não ser pela dor, como se vê no fogo e na luz físicos;
ambos são insuflados por Deus em Adão;
e a convulsão terrestre, e os falsos desejos do primeiro ser humano, separaram-nos um do outro, assim como da divina HARMONIA. - Eles lutam agora entre si, dentro do ser humano, mesmo a partir da semente dele;
e aquele fogo que vence, rege a forma da criança no ventre da sua mãe, assim como as figuras de Caim e da Abel, de Esaú e de Jacó o explicam. - Eles produzem dois tipos de seres humanos, os bons e os maus;
e isto não acontece devido a uma ordem divina como pretende o entendimento;
a Escritura santa ensina-nos que Deus só criou um único ser humano. (Malaquias 2,15 e Génesis 1).
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