Anfiteatro da Sabedoria Eterna - 8 de Setembro
Versão antiga ou Vulgata | Passagens citadas da Sacro Santa Escritura | Nova tradução dos Provérbios a partir do hebreu, e da Sabedoria a partir do grego |
251. E como eu sabia que eu não podia ser continente a menos que Deus mo concedesse, e → era já Sabedoria saber que esse dom era dele, → eu endereçava-me ao Senhor, → e fiz-lhe a minha deprecação, → e disse-lhe do mais fundo do meu coração. | Sb 8, 21. | 251. Visto que eu compreendia → que eu não conseguia estar em poder de mim próprio, a não ser por dom de Deus, (e já era Prudência o saber de onde vem o dom), eu enderecei-me ao Senhor, fiz-lhe a minha oração, dizendo-lhe com todo o meu coração: |
- Que eu não conseguia estar em poder de mim próprio - Porque eu não podia de outro modo desfrutar da Sabedoria, porque eu não podia atingi-la, adquiri-la nem possui-la de nenhum outro modo, meio ou via (qualquer que seja o seu nome).
Não é nos livros daqueles que filosofam Pagãmente, nem nas conjurações dos Nigromantes, nem pelo diabólico espírito familiar, nem humanamente pela acuidade do génio, pela razão orgulhosa ou por qualquer outro modo humano, inchado com a Sabedoria mundana insipiente; mas junto do Deus único, O Melhor, O Maior, que só ele, Teo-Soficamente (como ensina todo este Anfiteatro), quando e a quem ele quer, dá a Sabedoria, e de quem vem todo o dom perfeito (Tg 1, 17).
Notem isto, vocês que procuram sinistramente a Pedra dos Filósofos, O Movimento Perpétuo e os outros tesouros da Sabedoria verdadeira; e (tantas vezes avisados) emendem-se finalmente.
Fraternalmente, eu torno-me útil aos filhos da Doutrina com este meu Anfiteatro; que em troca a minha memória seja sempre abençoada entre eles. - Era já Sabedoria saber, etc. - É verdadeiramente Sabedoria saber onde é necessário procurar a Sabedoria, junto de quem, com que auxiliares, porquê, por qual método ou via; o que, por fim (com a direção de Deus) foi Teo-Soficamente e suficientemente demonstrado por nós (longe de nós o pensamento de nos glorificarmos com isso) no nosso Anfiteatro (que rebentem as entranhas dos Momos).
Que seja abençoado nos séculos dos séculos o nome de Iahweh, que, depois de longos, inúmeros, laboriosos e sumptuosos rodeios das vaidades e dos aborrecimentos (versículo 187), longe das trevas das falsidades e dos erros, me conduziu por fim a pouco e pouco dentro do refúgio da cognição de Deus, da Natureza e de Mim próprio, pela norma de verdade da Sacro Santa Escritura, do Livro da Natureza e do testemunho da limpa e reta consciência, segundo o Corpo, o Espírito e a Alma; no Oratório, em Orando Teo-Soficamente; no Laboratório, em Laborando Sabiamente, Divinamente, Macro e Micro-Cosmicamente.
Aleluia, Aleluia, Aleluia! Fi para o Diabo, e para as suas descamações. O mundo imundo não faz nada de sábio.
Não retires o teu Espírito Santo de mim, ó Senhor; dá-me a alegria salutar para ti próprio, e confirma-me pelo Espírito Principal, Cabalisticamente, Magicamente e Físico-Quimicamente, afim de que eu veja sempre a luz de verdade na tua luz (Sl 51, 13). - Eu endereçava-me ao Senhor - Não aos seres humanos; não às escolas dos Pseudofilosofantes nem aos Espíritos malignos, mesmo que eles se transformassem tanto quanto desejassem, em Anjos de luz; não ao diabo ele próprio, Astaroth, Berith, Floron, (fi) Mefistófeles, Barro, Remisses, não às irmãs medonhas e infames da infecto fetidez, aos animais pestilentíssimos, todos da mesma farinha e muito viciosos e maldosos, não (simplesmente, e per se) a nenhuma Criatura, quer seja corporal ou espiritual; mas a esta só e única Entidade Espiritual, à Eterna Sapientíssima, Ótima, Potentíssima, Infinita, Iahweh Elohim Zabaoth, Criador dos Espíritos, do Céu, da Terra, do Mar, de Todas as Coisas, de tudo o que contem em si o Universo criado.
É a este único e só Espírito, que Foi desde o começo do Mundo, que, agora e sempre, É e Será, que pertence dar A Sabedoria, e a nenhum outro, exceto no caso duma administração delegada pelo Primeiro.
Porque a Ipseidade não dá a sua glória a outros (Is 42, 8), porque ele é o Forte, o Ciumento e não suporta competição. - E fiz-lhe a minha deprecação - O amador estudiosíssimo da Teosofia concorda com o Senhor; ele aproxima-se, digo eu, de Deus, o Altíssimo, Omnipotente Criador de todo o Universo, só e único e não outro.
E como, dirás tu, por qual método, por qual via?
Em orando, não nigromanticamente, quer dizer consagrando diabolicamente e supersticiosamente, em exorcizando ou em conjurando, como fazem os pseudocabalistas.
A oração em Espírito e Verdade será suficiente apenas.
Que vá para a desgraça, com o seu mestre e os seus discípulos, toda a escola pestilentíssima, a Nigromancia, a qual, pela quarta figura deste Anfiteatro que deve ser cuidadosamente contemplada, eu propus a abolição extirpatória Cristiano-Cabalística e a reforma e a instauração duradoura da Verdadeira Magia, que é miseravelmente deformada por ela.
NOTA: O estudioso da verdadeira Sabedoria escolhe, cita e chama verdadeiramente o Espírito de assistência e familiar; mas quem e qual é ele?
Realmente não é outro senão Hochmahel, quer dizer o da Sabedoria de Deus, de Iahweh ele próprio, versículo 223.
Tu, meu filho, faz do mesmo modo e serás sábio, ver os versículos 28 e 106. - E disse-lhe do mais fundo do meu coração - Não superficialmente, não ligeiramente ou negligentemente (de boca apenas, enquanto que o coração está bem afastado, como tem o costume de dizer a torto e a direito o mundo imundo), mas verdadeiramente em Espírito e Verdade (reformado todo inteiro, quer dizer de Corpo, de Espírito e de Alma, a exemplo do Protótipo, e representando-o pela palavra e pelos atos da vida) com todo o coração, pela alma elevada e sublimada em Deus, que não pensa em nada a não ser em Deus e na sua Sabedoria.
Observa, em Orando Teosoficamente este modo e este rito usado pelo nosso Sábio e pelos seus semelhantes (como se poderia provar pelas Santas Escrituras) nas grandes e difíceis circunstâncias, e pelo qual a devota antiguidade, em Jesus Cristo que devia ser crucificado e não crucificado em vão, se aproximava de Iahweh para conversar com ele; ele far-se-á conhecer a ti se considerares atentamente os desenhos e as inscrições das figuras primeira, segunda e quarta deste Anfiteatro.
Será necessária aqui a Chave secretíssima.
Eu aconselhar-te-ia portanto a contemplar pelo Espírito Teosoficamente purgado aquilo que é dito nos capítulos 19 e 20, liv. 3 do de Verbo Mirifico do doutíssimo Capnion (Johann Reuchlin); tu não te arrependerás nada.
O ser humano devoto e douto não quis (devido às leviandades dos irrisórios e dos loucos) semear ao vento os arcanos velados e os símbolos secretíssimos, mas antes sussurá-los ao ouvido, aos filhos da Doutrina.
Existem certamente imagens, sinais, notas e símbolos esboçados das coisas superiores pelos quais nós somos levados a conhecer as substâncias, as virtudes e as operações do alto, Celestes e Espirituais por certo caminho de abstração ou via de assimilação, ou por qualquer outra razão ou modos possíveis para nós, revestidos de carne.
Que estas palavras sejam suficientes para o Sábio.
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