Anfiteatro da Sabedoria Eterna - 6 de Agosto
Versão antiga ou Vulgata | Passagens citadas da Sacro Santa Escritura | Nova tradução dos Provérbios a partir do hebreu, e da Sabedoria a partir do grego |
218. Porque a Sabedoria → não entrará na alma malévola; nem habita no corpo → sujeito aos pecados. | Sb 1, 4. | 218. Porque a Sabedoria não entrará dentro da alma maliciosa nem habitará no corpo culpado de pecado. |
- Não entrará na alma malévola - A razão é a de que nenhuma União se faz entre dissemelhantes.
Como conjugar a Luz com as trevas, o benévolo com o malévolo, a verdade com a mentira, o bem com o mal?
A redução à simplicidade da Mónada não terá lugar se o Binário não for rejeitado; nenhuma união com Iahweh sem, primeiro, o afastamento para longe de Ti Próprio e a abnegação de Ti.
«Afasta-te do mal e faz o bem» (Sl 34, 15).
Afasta-te de ti próprio que és deformado, e segundo as Leis e a Doutrina deste Anfiteatro, reforma-te a Exemplo do Protótipo; segue pacientemente e imita Teo-Soficamente a Sabedoria incarnada; então o Espírito da Sabedoria Hochmael habitará em ti; então Iahweh, o Pai; Jesus Cristo crucificado, o Irmão; o Espírito Santo, o Amigo, entrará em ti, habitará e sentar-se-á, Rei, dentro do seu palácio e sobre o seu trono Micro-Cósmico que és Tu Próprio, tri-um, renovado, verdadeiramente católico segundo a segunda figura deste Anfiteatro; transmudado para melhor pela Loção penitencial (Is 1, 16), tu te conjugarás e te unirás com Deus; tu serás iluminado pelo raio do Sol supraceleste.
E, puro de coração, tu verás Deus em ti e a ti em Deus; Tudo em Tudo.
O terrestre une-se às coisas terrestres, o mundano às coisas mundanas, saídas do Príncipe deste mundo imundo; o espiritual às coisas espirituais, saídas dos bons Espíritos devido à administração que lhes é delegada por Deus, Macro e Micro-Cosmicamente; o Divino às coisas Divinas, saídas de Deus ele próprio.
De que maneira, aquele que não é puro, presume atingir o puro?
Tu que és terrestre e mundano, abastem-te de pretender às coisas espirituais e Divinas.
Tu julgas sobre elas, das quais tu nunca saboreaste a suavidade, como um cego julga as cores. Ver os versículos 46 e 157.
Tu julgaste-me mundano e imundo, a mim e a este livro; não me examines demasiado mundanamente. Procura o versículo 46. - Sujeito aos pecados - Com receio portanto, que tu peques, ó filho da Sabedoria, porque Deus ele próprio vê (porque, em todos os lugares, os olhos do Senhor contemplam os Bons e o Maus, Pr 15, 3) e porque não veria ele? ele que formou o olho; porque não ouviria ele? ele que implantou a orelha (Sl 94, 9).
O teu Anjo guardião (Sl 91, 11), ministro de Deus (Sl 104, 4), está de pé ao teu lado; a Consciência (com mil testemunhas) reclama; o diabo (o inimigo muito violento do género humano) acusa.
Representa diante dos teus olhos, eu peço-te, meu irmão, que és solicitado pelo pecado, representa o teu Anjo guardião, assíduo espectador e testemunha de tudo o que tu fazes e pensas; Deus inspetor, aos olhos do qual todas as coisas são evidentes, que está sentado sobre os céus e sonda os abismos; e por outra parte a ação tão vergonhosa que se tem vergonha de realizá-la abertamente em presença dum simples e miserável ser humano; não temerás tu portanto de cometê-la diante dos olhos do teu Anjo guardião, de Deus e de todo o coro dos seres celestes que olham para ela e a esmagam? Fi, em que abismo cairás tu?
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