Anfiteatro da Sabedoria Eterna - 24 de Junho
Versão antiga ou Vulgata | Passagens citadas da Sacro Santa Escritura | Nova tradução dos Provérbios a partir do hebreu, e da Sabedoria a partir do grego |
175. → Há muitas cogitações no coração do ser humano; mas é a vontade do Senhor que se realizará. | Pr 19, 21. | 175. Muitas cogitações estão no coração do ser humano; mas o conselho de Iahweh é que se realizará. |
- Há muitas cogitações, etc. - Assim, compete ao ser humano preparar a alma, e compete ao Senhor governar a língua (Pr 16, 1).
«As sortes lançam-se no seio, mas é o Senhor que as tempera» (Pr 16, 33).
O ser humano prepara a alma, quer dizer oferece-se a si próprio, ordena no seu cérebro e delibera na sua alma; mas Deus dispõe e dá o sucesso dos conselhos e dos labores.
Visto portanto que Iahweh é o único que favorece e dirige as nossas teorias e as nossas práticas, as ações e os labores dos nossos sentidos e da nossa razão, do nosso espírito e das nossas mãos, nós devemos, pela suplicação mental (em espírito e verdade), implorar a sua ajuda afim de que em todas as coisas ele nos dê e nos inspire a bem querer, conhecer, ser e poder.
Se ele quiser, todas as coisas terão êxito; se ele não quiser: sinistramente.
Porque o estudo e os trabalhos da Sabedoria não possuem por si próprios o poder de agir livremente e de produzir o efeito que se espera, mas apenas pela misericórdia e pela vontade de Deus, cujo nome seja abençoado em todos os séculos, Amém.
Revela-te, ó Senhor, aos olhos da minha alma, do intelecto, da razão e dos sentidos; e eu considerarei as maravilhas da tua lei (Sl 119, 18; vulg. 118) Tri-una, Católica, quer dizer da Natureza, da Sacro Santa Escritura e da minha consciência.
Feliz o ser humano (Sl 94, 12; vulg. 93) a quem tu ensinaste, ó Senhor, e a quem tu ensinaste a tua Lei (Tri-una, Católica como se acaba de dizer).
«Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome deve ser dada a Glória» (Sl 115, 1; vulg. 113, 9).
Guarda portanto as tuas cogitações, e que os teus lábios conservam a Disciplina, e segundo o conselho de Quilon de Esparta, «que a tua língua não ultrapasse o teu espírito».
A língua é como a tocha da sedição; é por isso que todos devem esforçar-se com cuidado por a conterem.
É por isso que Zenão só permite discorrer quando a língua está bem impregnada pelo espírito.
Pensa sempre: porquê falar?
Escuta com avidez; mas fala com lentidão e com prudência.
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