Anfiteatro da Sabedoria Eterna - Isagoge 2
O presente PRÓLOGO do ESTUDO da SABEDORIA verdadeira, e da maneira de FILOSOFAR com retidão está assimilado à ESCADA mística dos SETE GRAUS ortodoxos, pela qual (DEUS chamando e conduzindo, o GÉNIO estimulando, o TALENTO cooperando, o TRABALHO exato e ativo absolvendo) a doutrina verdadeiramente sábia, tanto pela SABEDORIA verdadeira como pelo seu sábio apologista (segundo o voto muito cândido do próprio Iahweh) ascende TEOSOFICAMENTE à PORTA do dito ANFITEATRO, a qual, apesar de estreita, pequena e desprezada, é no entanto bastante augusta e majestosa; EM e PELA qual todo o filho fiel da DOUTRINA, perseverando constantemente até ao fim ENTRARÁ alegremente, e onde ele OBTIVERÁ felizmente ESTE SOBERANO BEM, Ter-tri-Uno catolicíssimo, quer dizer: primeiramente, a agnição de DEUS e daquele que ele enviou, JESUS CRISTO, e a intelecção exata do Livro da Sacro Santa Escritura; segundamente a cognição de si próprio; terceiramente a cognição do MUNDO maior e daquele que ele deu, seu FILHO, a MAGNÉSIA dos Filósofos, do SUJEITO predestinado e perfeito da PEDRA dos Filósofos, católica ou universal, mais que perfeita pela Regeneração física, com a ajuda da Arte da Química, mais que perfectível; E isto primeiramente: EM e POR DEUS e Aquele que ele enviou, JESUS CRISTO, e pelo Livro da Sacro Santa Escritura; segundamente, em e por SI PRÓPRIO; terceiramente, em e pelo MUNDO maior e Aquele que ele deu, seu FILHO, a MAGNÉSIA dos Sábios TODA EM TODOS (que, por esta razão, Tri-unamente composta por סיהלא ELOHIM tri-um, com um Corpo, com um Espírito e com uma Alma, foi colocado principalmente no Paraíso deste mundo); e do qual ele DESFRUTARÁ Teosoficamente como de um dom e de uma recompensa excelente da sua vitória.
ESTE PRÓLOGO CONTÉM tantos VERSÍCULOS quantos dias há no ano, quer dizer trezentos e sessenta e cinco, afim de que, em CADA UM dos dias do ano inteiro, com uma igual e cuidadosa contemplação, ele seja agudissimamente meditado por aquele que ama sinceramente a SOFIA, considera com todo o esforço do pensamento, e como frequentemente repassado no seu espírito, de modo que este salutar alimento da DOUTRINA TEOSÓFICA, destinado à alma, se transforme numa suave recreação da alma, num alimento da alma muito eficaz, tanto conveniente quanto agradável; assim portanto, pelo espaço de um ano inteiro (porque tu crê realmente que a aquisição da experiência, sobretudo para quem não foi muito recentemente iniciado, não é trabalho de um dia, de uma semana nem de um mês!) e também pela ajuda e a assistência do RUACH-CHOCHMAH-EL, ou ESPÍRITO DA SABEDORIA DE DEUS, enviado pelo Pai das LUZES, que ele não seja saboreado apenas com os lábios, e superficialmente, mas que ele seja profunda e frequentemente ingerido e de novo saboreado, e, para além disso, que ele ensine não somente QUINTESSENCIALMENTE QUAL, QUANTO e COMO SUAVE é a SABEDORIA verdadeira, mas ainda qual é a regra para FILOSOFAR sinceramente; e por fim, e sobretudo que ele faça penetrar a sua DOUTRINA nas mais íntimas profundezas do coração humano.
E ninguém verdadeiramente saboreará facilmente e dignamente estes banquetes sumptuosos e magníficos, e mesmo TEOSÓFICOS, e muito poucos se tornarão sábios se cada um não for previamente, por intermédio de uma reverberação e de uma tribulação suficiente, pelo Amor da Cruz inteiramente humilhado; arrancado à moleza por uma vida austera (e pelas provas do espírito) ao menos insignemente preparado; depois, se ele não é cristãmente lavado na Água das lágrimas da penitência de toda a impureza, até que ele fique limpo e cândido, e se ainda, pela prática da filosofia, todas as vaidades deste mundo imundo não sejam completamente rejeitadas por ele e deixadas longe dele; por forma que ele seja, por este método, tornado espiritual e bem preparado, felizmente disposto para este banquete. É por isso que é preciso que ele se tenha frequentemente testado, severamente examinado, muito exatamente provado e assim suficientemente honesto, constante, irrepreensível, para que ele seja legitimamente recebido no número dos Filhos e dos fiéis da DOUTRINA e da SABEDORIA, e inscrito nos anais, e que ele se associe dignamente e solenemente ao banquete Teosófico e que ele seja considerado por direito próprio no número de convivas. Eis agora o SUMÁRIO desta ESCADA dos sete graus prologéticos.
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