Anfiteatro da Sabedoria Eterna - 26 de Agosto
Versão antiga ou Vulgata | Passagens citadas da Sacro Santa Escritura | Nova tradução dos Provérbios a partir do hebreu, e da Sabedoria a partir do grego |
238. (E) → se tu prometeste alguma coisa a Deus, não demores para lho pagar, porque a promessa infiel e louca desagrada-lhe; mas o que tu tiveres prometido, paga-lhe. | Eclo 5, 3. | 238. Quando tu tiveres prometido uma promessa a Deus, não te demores a pagá-la porque Deus não coloca a sua bondade nos loucos; portanto, aquilo que prometeste, paga-lhe. |
- Se tu prometeste alguma coisa a Deus, etc. - O Sábio fala de um hábito do Antigo Testamento.
Porque as pessoas devotas tinham estabelecido o costume de prometer a Deus uns Sacrifícios eucarísticos, nas grandes dificuldades.
Como Ana (1Sm 1, 11), quando Samuel pedia um filho a Deus, dedicou e prometeu que o consagraria ele próprio ao Senhor; como também Jefté (Jz 11, 30).
Prometam e pagem ao vosso Senhor Deus, diz o Salmógrafo (Sl 76, 12; vulg. 75).
E quando alguma coisa tiver saído dos teus lábios, tu cumprirás (Dt 23, 23).
Tais promessas provêm do soberano amor de Deus, do seu muito santo desejo e da sincera gratidão da alma; também devem ser pagas a Deus sem atraso.
Assim o Patriarca Jacó tendo visto num sonho a escada celeste prometeu a Deus, quando acordou, construir nesse mesmo lugar uma casa de Deus, quer dizer de propagar ele próprio a agnição e o verdadeiro culto de Deus e a doutrina do Messias (Gn 28, 20).
Nós prometemos a Deus, no Novo Testamento, a promessa da obediência filial no Batismo, e nós pagamos essa promessa a Deus pela santidade e pela justiça, pela fé, pela penitência e pela humildade.
Nós definiremos portanto assim a promessa do Novo Testamento: A promessa é a obrigação de pagar as honras escritas na primeira tábua da lei, e que são: o temor de Deus, a fé, a dileção, a paciência, a invocação, a ação de graças, a confissão e a predicação do Nome Divino.
Estas promessas devem ser pontualmente pagas a Deus por todos os Cristãos.
Mas há promessas especiais, porque nós somos obrigados, exceto a liberalidade costumada para com o próximo, a uma certa bondade particular e singular pela qual a honra de Deus e a salvação dos Seres Humanos sejam amplificadas; e isto, sem nenhuma hipocrisia, nem temerariamente, mas por uma íntima e sincera gratidão da alma, para o fim de que a bondade recebida de Deus (que nós obtemos por orações) reflua também sobre o próximo.
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