A Sabedoria e a sua Virtude - 15. Evitar a Plenitude



O Governante dos tempos antigos,
Era subtil, penetrante, maravilhoso e profundo.
Demasiado profundo para ser sondado,
Eu sou muito audacioso ao desenhar a sua figura.
Ele era hesitante como é no inverno,
Aquele que atravessa um vau.
Tímido como alguém perante os seus vizinhos,
Por todos os quatro lados.
Circunspecto como um convidado,
Cedendo como gelo que derrete.
Puro e simples como um bloco virgem,
Vazio como um vale,
Turvo como um tanque lamacento.
Quem do turvo ao claro sabe passar sem se mexer?
Quem da inércia ao animado sabe passar movendo-se?
Aquele que tem a Sabedoria não tenta estar cheio.
E como não está cheio,
Sofre a usura dos anos sem declinar.


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