Anfiteatro da Sabedoria Eterna - 26 de Julho


Versão antiga ou Vulgata Passagens citadas da Sacro Santa Escritura Nova tradução dos Provérbios a partir do hebreu, e da Sabedoria a partir do grego
207. (Porque) → eu não caminharei com a inveja dessecada (diz o Sábio:) porque uma tal pessoa não é participante da Sabedoria. Sb 6, 25. 207. Eu não caminharei certamente com aquele a quem a inveja desseca, porque assim ele não participará na Sabedoria.


  • Eu não caminharei com a inveja dessecada - Eu não comunicarei, eu não terei nada em comum, eu não residirei com a inveja.

    Porque o hábito dos Filósofos é não invejar nada.

    É por isso que a devota antiguidade (vetustas) queria que as portas das Musas devessem ficar abertas.

    Não contudo para todos sem distinção.

    E para quais então?

    Apenas para os filhos da Doutrina e da Disciplina.

    Porque os Dons de Deus não devem ser comunicados candidamente e liberalmente senão àqueles que desfrutam de um caráter e de uma naturalidade cândida e liberal; porque as pérolas não devem ser lançadas aos porcos obcecados pelo Diabo (versículo 344).

    O muito Douto Zwingle fala disso retamente nas Tabelas Hipocráticas, pag. 37.

    Tal foi, diz ele, a majestade destas diversas artes nos Antigos, que elas não eram comunicadas senão aos iniciados, quer de viva voz, ao que eles chamavam akroatas, pelo que a Cabala dos Hebreus tem este nome; quer por escrito, mas tão obscuramente que o vulgar profano era impedido e que o arcano era comunicado apenas aos inteligentes (versículo 43).

    Vê-se realmente que esta prostituição roubou às Artes a eficácia e a autoridade, devido ao desprezo que têm delas.

    Aqueles que revelam os arcanos das artes aos estrangeiros são igualmente dignos de desprezo, assim como devem ser repreendidos com razão devido à inveja, aqueles que nem a querem comunicar aos iniciados. Estes como aqueles.

    É neste sentido que se deve interpretar prudentemente as palavras citadas do nosso Sábio e as do versículo 147.

    Tu objetarás talvez, escarnecedor, com a inveja do Soberano Bem, que sentem Físico-Quimicamente os Filósofos, na Natureza e na Arte.

    Escuta então o Filósofo Rosinus: O decreto de Deus é que esta coisa deve ser procurada com inveja pelos sábios, não por causa da avareza do mundo, com receio de que os maldosos conhecendo-a fiquem mais hábeis na realização das coisas profanas, mas afim de que os Filósofos dêem razão dos seus pecados.

    Em seguida tu tens igualmente nas palavras de Zwingle, já citadas, uma resposta suficientemente honesta, suficiente, justa e equitativa.

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