Anfiteatro da Sabedoria Eterna - 1 de Fevereiro



Versão antiga ou Vulgata Passagens citadas da Sacro Santa Escritura Nova tradução dos Provérbios a partir do hebreu, e da Sabedoria a partir do grego
32. → Não escutei eu a voz daqueles que me ensinavam, nem prestado ouvido → aos Mestres? (Amém, Amém, digo-te eu). Pr 5, 13. 32. E não obedeci eu à voz daqueles que me instruíam e não prestei eu o meu ouvido àqueles que me ensinavam? (Amém, Amém, digo-te eu.)


  • Não escutei eu a voz, etc. - Nem observei o que Deus me ordenava pela voz e pelo ensino, na Natureza, na Sacro Santa Escritura e na minha Consciência?
  • Aos Mestres - quer dizer, àqueles que são verdadeiramente Mestres, que ensinam as Ciências e as Artes excelentes dos mistérios secretos de Deus, abundantemente fornecidos dos Bens e dos Dons da Natureza; e a Obra, digo eu, de Bereshit e Mercavah (versículo 162), de acordo com a Lei e o Testemunho da Sacro Santa Escritura, do Grande Livro da Natureza, da Consciência reta, Cristiano-Cabalisticamente, Físico-Magicamente e Físico-Quimicamente; não Pagãmente, sofisticamente, nem fabulosamente.

    Porque nós somos ensinados pelo Espírito da Sabedoria, tanto pelos Mestres vivos, Sábios e hábeis, Divinamente enviados até nós, como pelos mudos, quer dizer pelos Livros dos Sábios, e pela chave do Espírito Santo que os abre, tanto pela inspiração única e nua, como pela revelação secreta.

    As Ciências excelentes, as Artes secretas, a Pedra filosofal, que é o nome que lhe dá o vulgar, e mesmo o modo da sua preparação, estes dois segredos da Arte, Todas as Coisas, o Teo-sofo (Sábio divino) pode assim aprendê-las.

    É por isso que, quer sejas Príncipe, quer sejas Nobre, não sejas insensato, com receio de passares por louco diante de Deus dos Sábios, e afim de não teres de te arrepender dessa loucura, obedece àquele que te repreende de acordo com o bem; (A exortação de um amigo é sempre boa, diz Homero, Ilíada, 40).

    Compete ao Preceptor corrigir-te Teosoficamente e ao sábio regenerar-te dos teus vícios e dos teus erros.

    Juvenal, na Sátira 7, clama:
    Os Deuses imortais querem que o preceptor
    tenha santamente o lugar de pai.

    E Alexandre, o Grande, era digno de louvores quando dizia tão bem: que ele não devia menos ao seu preceptor Aristóteles que ao seu Pai, porque tinha recebido do seu Pai o dom de viver, e do seu Preceptor os princípios para bem viver.

    No entanto, tudo isto depende da vontade de Deus. Porque isto não depende nem daquele que quer, nem daquele que avança por si próprio, mas de Deus que faz misericórdia (e que precede) diz S. Paul (Rm 9, 16 e 7, 18): Porque a vontade está comigo mas não encontro a força para fazer o bem. (Por conseguinte é necessário que Deus seja cooperante.)

    E S. Paul diz seguidamente (versículos 22 e seguintes): Porque eu me deleito na voz de Deus; mas eu sinto nos meus membros uma outra lei que repugna à Lei do meu Espírito e me retém cativo da Lei do pecado que está nos meus membros. (É portanto necessário que Deus realize a ação).

    Assim como Deus cooperou deste o início do mundo (Eclo 51, 11), da mesma forma Cristo cooperou pelos Apóstolos, enviados pelo mundo universal, afim de pregarem o Evangelho a todas as criaturas, e pelos sinais segundo os quais ele confirma em seguida os seus discursos (Mc 16, 20).

    Afim de que Deus tenha piedade de ti, implora com uma disposição fiel da alma, a Misericórdia do Misericordioso.

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